Enviada em: 15/10/2018

É fato que o Brasil enfrenta dificuldades na formação educacional dos cidadãos. Mas elas são ainda maiores quando os estudantes em questão são os surdos. Tais empecilhos na sua educação são reflexos de preconceitos da sociedade brasileira e da negligência do Estado às necessidades desse setor social, e eles podem comprometer as diversas esferas da vida dos deficientes.    Assim, é necessário notabilizar que o país tem um histórico de preconceitos. Desde o início da colonização, grupos diferentes do padrão social eram considerados inferiores pelo setor majoritário, como aconteceu com os índios perante os portugueses. Entretanto, essa tradição de discriminação perdura até os dias atuais, pois os deficientes auditivos só tiveram seus direitos reconhecidos recentemente, e ainda são segregados, sendo prejudicados em sua vida social e intelectual, pois não têm seus direitos educacionais cumpridos, embora assegurados por lei.    Dessa forma, o Estado não fornece uma formação intelectual boa para eles. Em muitas delas não há intérpretes de Libras e os funcionários e estudantes não são fluentes na língua. Além disso, o governo não fornece material escolar específico para os surdos, considerando que a sua condição requer uma formação diferenciada. Logo, como os surdos têm acesso dificultado à educação, enfrentam obstáculos na sua inclusão social e ficam à margem da sociedade.    Portanto, é evidente que o poder público e as mídias devem se articular para solucionar esse problema. Então, o MEC, em parceria com o Ines, deve estabelecer o ensino de Libras como obrigatório no currículo escolar de todas as escolas públicas, sendo ministrado desde o Ensino Fundamental até o Ensino Médio. Também devem capacitar os professores tornando-os fluentes em Libras, além de fornecer material específico para os surdos. Ademais, a televisão deve desenvolver anúncios informativos sobre a necessidade de respeitar os deficientes auditivos, sendo passados durante os picos de audiência. Só assim os surdos serão incluídos.