Enviada em: 10/02/2019

Na obra "Casa-grande e Senzala", do antropólogo brasileiro, Gilberto Freyre, o negro é visto miscigenado, ligado à religião católica, adotada pelos colonizadores portugueses, oriundos a explorarem o Brasil, compactada na casa-grande, intercalando as demais crenças - conhecido como sincretismo religioso. Embora o pensamento do autor, essa realidade imediata perpetua-se com a "Intolerância Religiosa", e em detrimento à segregação da comunidade e consonância governamental inobservante à constituição.     É indubitável que os aspectos governamentais sejam as causas principais da repressão religiosa. De acordo com o artigo 3 da constituição, explana o dever estatal de construir uma sociedade justa, livre e solidária, garantindo desenvolvimento social. No entanto, ao seguir os últimos dados relacionados à intolerância religiosa, a ação legal encontra-se distante na efetivação, haja vista que nota-se a minima expressividade desse público, ainda em vigência, no que tange à proteção da religião afro-brasileira e a legitimidade de criarem manifestações à diversidade religiosa, devido a falta de administração e fiscalização pública por parte de alguns órgãos públicos  em oferecerem mecanismos que objetivem o tecido social de incluírem a emancipação dos negros, como cidadãos.    Outrossim, ressalta-se o desprezo da comunidade como impulsionador dessa problemática. Segundo Michel de Montaigne,  a mais honrosa das ocupações é servir o público e ser útil as pessoas. Entretanto, de maneira análoga ao pensamento do filósofo francês, a atuação produtiva encontra-se árdua no país, uma vez que o processo colonizador deu o incentivo à catequização dos nativos, o que desrespeita às demais religiões e culturas divergentes, e ao construir uma imagem negativa acerca do papel social subsequentemente.    A intolerância religiosa, representa o impasse no meio social brasileiro. Portanto, medidas estratégicas são imprescindíveis para modificar esse cenário. Sendo assim, o Governo federal deve fomentar ação pertinentes contra os individualistas frente às crenças, promovendo a compreensão melhor da religião. Aliado a isso, ONG´s devem dedicar-se a elaborarem projetos sociais, como em instruírem cartilhas educativas que informem alternativas de tais denúncias, além do Ministério da Educação e Cultura (MEC) em oferecer palestras em escolas públicas, para alunos do ensino médio, por meio de vítimas do problema, bem como especialistas do assunto.  Tais palestras devem ser webconferenciadas nas redes sociais dos ministérios, com objetivo de ofertar mais lucidez sobre "Intolerância Religiosa no Brasil", como é firmado por Oscar Wilde, " O primeiro passo é o mais importante para evolução do homem",  ação iniciada no presente, é capaz de mudar a sociedade.