Enviada em: 28/02/2019

No Período Colonial, a religião dos nativos brasileiros foi desenvolvida pelos portugueses, que acabaram por impor sua cultura religiosa, considerada correta por eles. No século XXI, o combate à intolerância religiosa ainda não é efetivo no Brasil, tendo em vista não só o passado histórico como a falha laicidade.   No caso do Brasil, existe uma grande distância em relação à laicidade, exemplificada na citação religiosa presente nas cédulas do país (reforça a importância elevada conferida à religião), fator resultante no reforço indireto à intolerância, que inúmeras vezes acaba em violência física, focada em afro-brasileiros, já que a colonização enraizou preconceitos que ainda permanecem. Segundo o Ministério dos Direitos Humanos, 39% das denúncias em 2017.   De acordo Durkheim, um fato da sociedade é a coercitividade, ou seja, uma pressão externa ao indivíduo para manter uma conduta considerada correta pelos padrões culturais. Diante disso, a construção brasileira enalteceu, em grande parte, o cristianismo, o que gera uma influência para a valorização desse padrão ilustrado na presença de crucifixos em órgãos públicos, demonstrando que o próprio governo é influenciado.   Sendo assim, medidas são necessárias para o combate à intolerância ser efetivo. Segundo Kant, o ser humano é aquilo que a educação faz dele, portanto o Ministério da Educação deveria colocar, na grade escolar, aulas sobre diversas culturas, com o intuito de aproximar o “outro” e equilibrar a influência das diferentes religiões. Além disso, a criação de peças publicitárias que mostrem o resultado da intolerância é necessária por parte do Estado, descrevendo casos de violência relacionados à religião para a população. Dessa maneira, ocorreriam quebras de padrões e a promoção de uma posição mais neutra do Estado.