Enviada em: 14/08/2019

O nazismo marcou um período em que os alemães acreditavam na superioridade da raça ariana e discriminavam o povo judaico, o que causou a morte e a violência de muitos judeus, fato conhecido como holocausto. Na contemporaneidade, o Brasil parece viver um holocausto mais ameno, porém, análogo ao ocorrido na Alemanha. Isso, porque a intolerância religiosa tem se tornado algo recorrente no país, seja pelo preconceito com as crenças diversas, seja por se acreditar que existe uma religião superior. Essa realidade e se mostra como uma ameaça à liberdade de postura religiosa dos indivíduos, que torna imprescindível a tomada de atitudes pelo país para mitigar essa situação.     A princípio, o poeta Carlos Drummond de Andrade já afirmava que no meio do caminho tinha uma pedra. No sentido dessa temática, percebe que uma grande pedra que atrapalha a resolução desse problema é o preconceito contra a religião do outro. Nesse sentido, uma pesquisa feita por psicólogos da Universidade de São Paulo revela que esse repúdio advém, principalmente, da falta de uma orientação ao respeito às crenças do próximo. Segundo os especialistas, se isso fosse feito, diminuiria-se consideravelmente a violência aos direitos de escolha do ser e evitaria intempéries como agressões verbais. No entanto, o que se vê é que, no Brasil, os pais não se atentam em fomentar, desde cedo, esse tipo de respeito nos filhos, corroborando com a continuidade dessa problemática.     Além disso, vale ressaltar que, semelhante ao que ocorreu no nazismo, ainda há quem acredite na superioridade de algumas religiões. Contudo, cabe enfatizar que, a grande questão não gira em torno dessa hierarquia. Isso se dá, pelo fato de que, independentemente do que se crê, se faz irrevogável o respeito pelo posicionamento religioso dos cidadãos, uma vez que, além de ser um princípio ético de conduta isso é algo assegurado pela Carta Magna do país. Todavia, esse cenário conflituoso que, segundo a Secretaria dos Direitos Humanos, já foi suficiente para casos de agressões físicas graves, tende a ser intensificado quando não se tem um estímulo à compreensão das escolhas do outro, seja pela educação, por exemplo, o que, infelizmente, ainda não é feito com tanto compromisso.      Sendo assim, medidas devem ser tomadas para se combater a intolerância religiosa no Brasil. Logo, o Estado, com ajuda da mídia televisiva, precisa ajudar a se superar o preconceito religioso, de modo a promover propagandas que alertem os pais sobre a importância de induzir os filhos aceitar as diferentes crenças, com o fito de formar cidadãos mais críticos e conscientes sobre isso. Ademais o Ministério da Educação deve promover o contato de estudantes de escolas públicas com culturas diferentes, por meio de visitas a museus, a fim de se apresentar outros segmentos religiosos aos adolescentes e estimular o olhar igualitário às diferentes crenças existentes.