Enviada em: 03/10/2019

Apesar de ser um Estado Laico, hoje, no Brasil, pode-se observar uma predominância católica, que é levada, muitas vezes, até mesmo para o lado político. Em decorrência disso, nota-se uma intolerância por parte dos brasileiros em relação as outras religiões, sobretudo pelo desrespeito a outros estilos de vida e pela falta de informação.     Em primeiro plano, destaca-se que ainda há muito descaso por parte dos indivíduos com aquilo que não é comum ao seu cotidiano, com o pensamento corriqueiro de que se não o afeta, não tem importância. É perceptível também os discursos de ódio por parte dos líderes religiosos direcionados às outras religiões. Além disso, o preconceito enraizado na sociedade agrava ainda mais esse quadro, visto que, muitas vezes, a intolerância vem ligada a casos de xenofobia e racismo, fato evidenciado pela Secretaria de Direitos humanos, que mostra que as afro-brasileiras são as mais atacadas atualmente.      Ademais, a falta de informação também é um dos principais paradigmas nesse contexto. A ignorância em relação ao real sentido de determinadas culturas ou religiões torna o assunto banal para os que não as seguem, virando alvo de piada e ódio. Um exemplo disso é o termo "macumba" usado para se referir ao candomblé de uma forma vulgar, ou a visão de que todos os muçulmanos são terroristas. Essas ideias espalharam-se de um jeito grandioso, e, como mencionado, grande parte delas são direcionadas a religiões de outros países, fato que, mais uma vez, destaca a xenofobia presente na sociedade.       Torna-se evidente, portanto, que o Ministério dos Direitos Humanos deve aplicar punições mais severas àqueles que cometerem o crime de ódio, com fiscalizações mais severas, sobretudo na internet, onde ocorre mais casos de intolerância. Além disso, deve, em parceria com a mídia, desmistificar a ideia  vulgar das pessoas com outras culturas, por meio de propagandas, em rádio e televisão. Dessa forma, teremos uma sociedade mais justa e tolerante.