Enviada em: 10/03/2017

A intolerância religiosa sempre foi um dos maiores problemas da humanidade. Atualmente, pode-se observar sua gravidade através da atuação do Estado Islâmico, que executa aqueles que não seguem o islamismo. Desse modo, é de suma importância que ela seja combatida no Brasil, a fim de que não se chegue a situações extremas, como as que acontecem no Oriente Médio. Entretanto, nesse combate, é preciso considerar os constantes ataques sofridos pelas religiões no país, que têm partido de alguns ambientes universitários e alguns segmentos religiosos.      Nesse sentido, é preciso citar a crescente banalização, no que diz respeito às religiões, em alguns meios universitários. Hoje em dia é comum, principalmente em universidades públicas, a presença de cartazes com conteúdo ofensivos à religião cristã, principalmente. Qualificando-a como uma crença racista, misógina e machista. Além disso, são frequentes as palestras com o título "desconstruindo a religião cristã”, por exemplo. De certo, esta acaba sendo uma grande fonte de intolerância, visto que os estudantes dessas instituições acabam adquirindo uma espécie de aversão à religião cristã, que não demonstravam antes de ingressar nessas universidades.      Ademais, convém explicitar as provocações que partem de uma religião em direção a outra. Um caso que ganhou notoriedade nacional foi o de um pastor, membro da igreja protestante denominada “Universal”, que quebrou com um chute, uma escultura de uma santa considerada sagrada pela Igreja Católica em rede nacional de televisão. Desde então, os ataques entre essas duas religiões tornaram-se cada vez mais constantes.      Portanto, fica evidente que, para combater de forma efetiva a intolerância religiosa, é necessário apaziguar as relações entre os mais diversos segmentos da sociedade no tocante às crenças. Desse modo, em primeiro lugar é preciso promover a conscientização das pessoas, principalmente, através das escolas durante o processo educacional, inserindo disciplinas e atividades que visem a tolerância religiosa, já que, de acordo com a ativista Helen Keller, o resultado mais sublime da educação é a tolerância. Além disso, é preciso veicular programas e propagandas que promovam a tolerância religiosa, através de debates e discussões com especialistas na área. Outrossim, é preciso que o sistema judiciário aplique o Art. 208 do código penal, a fim de desmotivar novas atitudes ofensivas a qualquer religião.