Enviada em: 08/08/2017

O Brasil vem adentrando um período intimamente ligado ao desenvolvimento social desde a ruptura do século XX, e mesmo com grandes progressos, questões vinculadas à intolerância religiosa apresentam-se como uma vulnerabilidade para os povos, violentando- fisicamente e intelectualmente- as diversas culturas do país e  procrastinando  assim, uma plena harmonia de escolha dogmática.      No contexto populacional, 87% dos brasileiros são integrados ao cristianismo, e estando em maior número, tornam indiferentes outras religiosidades em diversos setores Estatais. À exemplo do espaço escolar, o lecionamento da matéria de ensino religioso pode ser integrado como uma fonte de propagação de ideologias - algumas fundadas no conservadorismo, excedendo níveis radicais- ferindo assim o direito de escolha individual, tais comprovados no Art 5° da Constituição e tendo no conhecimento democrático um inibidor desta forma de ignorância.        Outra característica indispensável é a evidência da formação cultural brasileira, regida com base na miscigenação das manifestações de crença popular - tendo início nas grandes navegações do século XV-  que trouxeram consigo seus costumes e divindades, compondo o produto contemporâneo- como o candomblé, enraizado na afrodescendência- sendo o Brasil, parte histórica da transformação deste grupo no qual suas riquezas igualmente constituem a sociedade sendo que o contato com a diversidade nacional, determinaria um novo horizonte para a liberdade religiosa.       Portanto, é papel dos diversos setores do país atos que viabilizem a pessoalidade com o uso da fé. Na parte federativa é necessária a garantia da pluralidade coletiva, através da criação de leis mais específicas, além da criação de fóruns representativos. Nos municípios, a organização de centros de acolhimentos à vítimas desta intolerância, e distribuição de recursos de forma igual. Em setores educacionais, a promoção de uma educação mais crítica, diminuindo assim o preconceito.