Enviada em: 29/10/2017

A receita do bolo (Os ingredientes estão todos à mesa, basta fazer um bom uso dessa receita)       Não é difícil imaginar esta cena: um grupo de estudantes desinteressados conta os minutos para o fim de uma excursão a um museu. De fato, seja no período escolar, seja durante a vida adulta, o homem contemporâneo dificilmente parece encontrar tempo ou te o conhecimento necessário para - reconhecer o valor de boa parte das manifestações culturais. Nesse contexto, o potencial de mudança da arte acaba desperdiçado devido a escassez de investimentos públicos e privados. E a desvalorização da educação artística, o que exige a mobilização de todos os setores da sociedade.       Antes de tudo, é preciso perceber que a intolerância religiosa agride tanto fisicamente quanto psicologicamente o indivíduo que esta sendo intolerante e o individuo que esta sendo vitima da intolerância. Todos tem o direito de ter suas opiniões a respeito de religião, porém, de maneira que não afete a outra pessoa. A tolerância é muito importante para a vida em sociedade.         Além disso, a intolerância religiosa também pode ser atribuída à falta de instrução, desestrutura familiar, entre outros motivos. Tendo em vista que no Brasil, ainda tem uma parte da população analfabeta, analfabetos-funcionais, com problemas socio-ecônomicos, falta de saneamento básico, falta ate mesmo de uma lar para morar. Em um panorama como esse, repleto de problemas, parece difícil imaginar soluções definitivas, porém, é fundamental agir para reduzir seus efeitos.         De fato, diante do caráter de urgência, o poder público deve agir com rapidez. Apesar da necessidade de resultados imediatos, a melhora não pode se limitar a paliativos. Assim, para completar essa equação, é preciso investir na verdadeira transformação. Nesse contexto, o trabalho do governo pode ser complementado por Ongs, cujas funções sejam apresentar denúncias e defender as vítimas. Além disso, a mídia também pode produzir ficções engajadas, ou seja, novelas e filmes que abordem a intolerância religiosa, de forma a mobilizar a sociedade. Torna-se evidente, portanto, que a intolerância religiosa exige medidas concretas, e não somente um belo discurso. Nesse contexto, o caminho parece ser um difícil - mas não utópica - revisão de valores, possível a partir de pequenas mudanças na educação. Sem dúvida, se as escolas ampliarem o foco do ensino para além das questões apenas de conteúdo e se preocuparem com a formação moral, crítica, ambiental, esportiva do cidadão, é possível imaginas um país melhor. Os ingredientes estão todos à mesa, basta fazer um bom uso dessa receita.