Enviada em: 19/10/2018

Durante o período Colonial no Brasil, ao longo dos séculos XVI e XIX, foi marcado pela tentativa dos portugueses em converter os índios ao catolicismo, em função da ideologia de soberania portuguesa. Porém, com o decorre dos anos tal situação ainda é vigente, uma vez que se faz presente a intolerância religiosa na sociedade atual, impondo as mesmas ideias de séculos atrás. Com efeito, um diálogo entre sociedade e Estado sobre os caminhos para combater a intolerância religiosa é medida que se impõe.      Primeiramente, vale ressaltar que essa situação é corroborada por fatores socioculturais. Durante a formação do Estado brasileiro, a escravidão se fez presente em parte significante do processo; e com elas vieram as discriminações e intolerâncias culturais, provindos da ideologia do darwinismo social- a superioridade do homem branco ou de outras raças, em relação aos demais. A exemplo disso são os indícios que mostram que indivíduos seguidores de religiões de matrizes africanas são os mais perseguidos e discriminados. Dessa forma, nota-se a dificuldade do combate e prevenção, visto que são marcas coloniais discriminatórias às quais mostram a privação dos principais direitos, como o direito à vida e liberdade de expressão e religião.     Ademais, é notório a dificuldade que há o homem de aceitar ou conviver com o diferente. Prova disso, é a discriminação de crenças alheias em diferentes regiões e momentos da história, como no atual Oriente Médio com conflitos envolvendo o Estado Islâmico. Além disso, tal situação é agravada pela insuficiência da laicidade do Estado, uma vez que interfere em decisões políticas e sociais, como a exclusão social. Dessa forma, as atitudes agressivas podem colocar em xeque o direito de liberdade religiosa.    Fica claro, portanto, a necessidade de adoção de medidas cabíveis e infalíveis com a finalidade de combater e minimizar os casos de intolerância religiosa. Logo, é necessário que o Governo crie leis que assegurem, fiscalizem e, principalmente punições para os agressores da discriminação. Além, de criar meios eficientes para maiores denúncias. Outrossim, as instituições de ensino em parceria com o MEC, devem elaborar livros didáticos, trabalhos, campanhas e palestras com a intenção de valorizar a história das religiões no país. E, por fim, a sociedade tem que discutir, combater e denunciar casos de intolerância religiosa, pois só assim colocará fim aos acontecimentos de discriminação.