Enviada em: 28/08/2018

Desde o iluminismo, entende-se que uma sociedade só progride quando um se mobiliza com o problema do outro. No entanto, quando se observa a questão racial, no Brasil contemporâneo, verifica-se que ideal iluminista é desejavelmente na teoria e não constatado na prática e problemática persiste intrinsecamente ligada à realidade do país. Nesse sentido, cabe analisarmos as principais consequências de tal postura negligente para a sociedade.                     É indubitável que a questão constitucional e a sua aplicação estejam entre as causas do problema. De acordo com o filósofo Aristóteles, a política deve ser utilizada, de modo que, por meio dela o equilíbrio seja alcançado na sociedade. Todavia, percebe-se que, no território brasileiro esse preceito é rompido, tendo em vista o descumprimento do código penal que assegura que crimes de cunho racial são hediondos, portanto, inafiançáveis. Logo, é de suma relevância maior atuação governamental nesse impasse.          Ademais, vale ressaltar o etnocentrismo como impulsionador do problema. O sociólogo Karl Marx, destaca que o preconceito tem raízes históricas, que, por essa razão, ele é sempre visto como o ponto de vista correto. Segundo esse pensamento, se faz claro que a parcela da polução a segregação está enraizada no cerne do imaginário brasileiro, pois segundo a folha de São Paulo, no  país, cerca de 1 a cada 3 jovens negros já sofreram preconceito racial.    Portanto, de acordo com o supracitado, se faz evidente que cabe ao Ministério da Educação e Cultura (MEC) instituir palestras, mostrando a história da cultura negra do país e as suas contribuições para a construção desta nação, visando romper com essas raízes nefastas. Ademais, cabe ao governo federal, criar uma delegacia especializada em atender casos de racismo, com a finalidade de melhor fiscalizar e erradicar esse problema da sociedade. Para que assim, a política possa promover harmonia na sociedade, e, por fim, o ideal iluminista possa ser imposto na prática.