Enviada em: 01/10/2018

Desde os processos denominados “revoluções industriais” e a ascensão do capitalismo, o mundo vem priorizando produtos e mercado em detrimento de valores humanos essenciais. Refletindo a respeito de caminhos para combater o racismo no Brasil, é possível afirmar que não é uma invenção atual. No século XXI, a problemática ocorre em virtude de dois fenômenos evidentes: a ineficiência governamental, acompanhado pelo egocentrismo social. Dessa maneira, faz-se indispensável uma cautelosa discussão, a fim de enfrentar essa nova realidade com uma postura crítica.       É possível avaliar, antes de tudo a inatividade da lei sobre o racismo, como uma das principais adversidades. Observa-se, no ano de 1989 foi criada a lei N° 7.716 contra crimes derivados de preconceito contra raça ou cor. Em suma, ainda é premente, como noticiado no ano de 2018 o caso de preconceito ocorrido com um cliente de uma grande rede de "Fast Food" no Brasil, qual teve o adjetivo "macaco" escrito em seu pedido. Portanto, faz-se necessário a melhor aplicação das leis, leis mais rígidas e eficientes, para que não se construa uma sociedade cada vez mais insensível.       Desse modo, não apenas a impotência da lei, como também o complexo de superioridade por parte da sociedade, como impulsionador do problema, e um fator importante para a reflexão. Em razão de, nota-se em 1888 um marco importantíssimo na história brasileira foi à abolição da escravatura, entretanto o sentimento de superioridade na sociedade ainda não foi abolido. Seguindo essa linha de pensamento, verifica-se na novela Carrossel, a personagem Maria Joaquina, direciona apelidos pejorativos sobre seu colega Cirilo, por ser de pele escura. Em suma, é possível observar que nem mesmo crianças estão distante do etnocentrismo racial, tornando-se nocivo, pois em um futuro próximo predominara uma sociedade com o complexo do Super Homem, qual segundo o filósofo Nietzsche é um indivíduo que se considera melhor que os demais.        À vista disso, fica claro que ainda há entraves para assegurar a construção de um mundo melhor. Destarte, faz-se imprescindível que o poder Judiciário, torne mais rígidas as leis, dando maior relevância a casos de injuria racial, para que o racismo diminua. Conforme já dito pelo pedagogo Paulo Freire, a educação transforma as pessoas e essas mudam o mundo. Logo, o Ministério da Educação (MEC) deve instituir, na sociedade civil, como familiares, estudantes, conferências culturais gratuitas, em praças públicas, ministradas por psicólogos e historiadores, que discutam o combate ao racismo, expondo a história das diversas etnias, e salientando a dos afrodescendentes, de forma que o tecido social se desprenda de certos tabus e não caminhe para um futuro degradante.