Enviada em: 07/02/2019

A lei n° 7.716 condena atos de racismo na sociedade brasileira. No entanto, ao analisar casos contemporâneos de preconceito, fica claro a ineficiência dos métodos adotados para o combate de tal problemática. Com isso, constata-se a continuidade na disseminação de tratamentos pejorativos, seja pela exclusão social, seja pelo descaso governamental.   De acordo com Émile Durkheim, o fato social é uma maneira coletiva de agir, dotada de coercitividade. Logo, o passado de escravidão no Brasil acabou derivando pensamentos que se enraizaram na sociedade e passaram a causar uma valorização dos padrões criados pela consciência coletiva capaz de reduzir a preocupação sobre o bem-estar dos menos favorecidos. Dessa forma, o ideal de superioridade racial derivado da corrente sociológica evolucionista do século 19, acresce os casos de preconceito vivenciados no território brasileiro.    Consoante Aristóteles, a política deve ser utilizada de modo que, por meio da justiça, o equílibrio seja alcançado na sociedade. Assim, apesar da existência de políticas afirmativas como as cotas universitárias, a pobreza existente nas áreas periféricas, compostas majoritariamente por negros, dificulta a ascensão de classe. Dessa maneira, as dificuldade encontradas no cotidiano dessas pessoas acaba por impossibilitar o acesso à educação de qualidade, ferramenta responsável pela evolução econômica.      Se torna evidente, a necessidade de combater o racismo no Brasil. Destarte, é imprescindível a ação do MEC na destinação de verbas para as prefeituras, voltadas para a criação de oficinas educativas compostas por palestrantes especialistas na temática supracitada, a fim de diminuir o preconceito enraizado. Ainda, cabe aos governos estaduais a criação de escolas profissionalizantes gratuitas em áreas periféricas, em busca de gerar renda para os moradores. Com essas medidas, a sociedade distanciar-se-á dessa realidade racista presente no país.