Enviada em: 12/09/2017

O preconceito racial no Brasil é um problema na Política Social. Segundo os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 53% da população brasileira é composta por negros, e mesmo 126 anos após a edição da Lei Áurea que aboliu a escravatura, o mesmo ainda enfrenta o preconceito racial de grande parcela do corpo social. A sociedade brasileira vive uma falsa democracia social, pois ainda persiste a desigualdade racial entre as etnias, e fortalece a tese de que o racismo ainda não foi erradicado do país. Sabe-se que esse contexto desafia em sua magnitude a sociedade brasileira e abordar essa temática é de grande valia para os interesses sociais contemporâneo.  Torna-se imperante entender que a desigualdade social corrobora para o preconceito racial, uma vez que grande parte da população negra são de baixa renda econômica, pouca escolaridade e vivem em péssimas condições de vida nas periferias. O mais agravante nesse contexto é constatar que a etnia negra tem dificuldade de acesso ao emprego, são descriminados no mercado de trabalho, o que compromete o crescimento profissional e o destaque na sociedade. Dados do IBGE afirmam que cerca de 64% dos desempregados são negros, além de muitos deles não tem acesso a curso profissionalizantes e não tiveram acesso a universidades.  Diante dessa problemática, vale ressaltar que mesmo após a abolição o negro não conseguiu conquistar a liberdade de verdade e viver longe da opressão do preconceito. O Brasil ficou marcado pelos 300 anos de escravidão e por isso ainda persistem comportamentos racistas, que é resultado de uma herança no passado brasileiro que interfere e contribui para os modelos desumanos e sociais na atualidade. Após a libertação dos negros, não foi dada nenhuma condição para que os mesmos pudessem se inserir na sociedade, o resultado da exclusão social é, automaticamente, a marginalidade social. Sendo assim, cabem nessa conjuntura buscar viabilidades para combater o racismo no Brasil, como mostrar a todos a importância do negro na sociedade e o seu legado cultural que enriquece o país. O Ministério da Cultura deve incentivar nas escolas a produção da cultura afrodescendente, aliando as Políticas Sociais a educação. Ampliar o número de cotas universitárias destinados aos negros, o que aumenta a chance de melhores oportunidades no mercado para reverter o quadro do desemprego nessa classe social. Intensificar as leis que combatem o racismo e criminalizante toda ação que fere os princípios do diretos humanos, e que junto com a sociedade proporcionar a valorização do negro. Promover a igualdade e praticar a alteridade, entender e amar os outros mesmo com as diferenças sendo ela de qualquer natureza.