Enviada em: 12/05/2019

No limiar do século XXI, as crises econômicas aparecem como um dos problemas mais evidentes para a sociedade brasileira. É mediante tal questão que muitas pessoas encontram-se desempregadas. Nesse contexto, é indispensável salientar que a omissão do poder público está entre as causas da problemática, uma vez que o suporte financeiro aos bancos comunitários não é assegurada em detrimento dos bancos tradicionais. Diante disso, vale discutir as implicações que uma retração econômica pode motivar em uma sociedade e a importância da educação para o enfrentamento de problemas financeiros.     Em uma primeira abordagem, é fundamental destacar que, desde 2014, o Brasil enfrenta uma fase de retração geral na atividade econômica. De maneira análoga, os bancos tradicionais diminuíram as concessões de créditos para pessoas com dívidas ou desempregadas. Nesse sentido, os meios para a prosperidade financeira individual foram enfraquecidos. A partir dessa linha de raciocínio, a parcela da sociedade que possui um menor poder aquisitivo apresenta uma maior dificuldade para sobreviver em um país onde o sistema econômico-social regente é o capitalista - cuja principal característica é a não divisão do lucro entre a classe produtora. Além disso, o poder público falha na proteção das moedas sociais, que são capazes de atingir as regiões mais remotas do Brasil, onde os bancos tradicionais não atuam. Dessa forma, urge uma maior atuação do Estado no âmbito da solução desses impasses.     Outro ponto em destaque - nessa temática - é a relevância da educação para o desenvolvimento do país. Nessa ótica, o educador Paulo Freire defende o pensamento de que, se a educação sozinha não pode transformar a sociedade, sem ela tampouco a sociedade muda. De modo a fazer jus a esse conceito, torna-se imprescindível ações no sentido de fortalecer o vínculo entre os jovens e o mercado de trabalho, já que este deve ser visto como uma maneira de aprender e de amadurecer. De encontro a esse cenário, estudos do Instituto de Pesquisa de Campinas indicam que, ao menos, cinco comunidades indígenas possuem sistema econômico próprio, o qual consiste na coleta e comercialização de produtos naturais. A partir dessas atividades, os jovens têm oportunidades para desenvolver suas capacidades, além de fortalecer a cultura tradicional desses povos.     Fica evidente, portanto, que medidas são necessárias para resolver os problemas econômicos no Brasil. Cabe ao Ministério do Desenvolvimento Regional direcionar uma maior parte do orçamento da União para fortalecer a presença dos bancos comunitários em todo o país. Nessas instituições, as moedas sociais deverão receber suporte para eventuais oscilações em relação ao real. Com isso, espera-se que as taxas de desemprego voltem a diminuir em todo o território nacional.