Enviada em: 03/05/2018

No contexto brasileiro, o significado de família para muitos se resume em pai, mãe e filho(s). Além disso, os novos sinônimos se tornam uma afronta frente aos tradicionalistas, que era normal até o início do século vinte e um, por acreditarem que a sociedade seria constituída de forma homogênea pelo restante dos tempos. Porém, não foi o que aconteceu, a inserção da mulher no mercado de trabalho, a independência, tanto do homem quanto da mulher, em relação ao estereótipo de felicidade estar ligada ao casamento, favoreceu para que o conceito família fosse o que a pessoa julga melhor para si, sendo ela composta das mais diversas maneiras.         Em primeiro lugar, a revolução da medicina, a exemplo dos métodos contraceptivos, diminuiu consideravelmente o crescimento populacional, já que em 1980 a média era de 4,1 filhos por mulher, mas até 2030 a média cairá para 1,5, segundo o IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística -, o que demonstra que ter filhos ficou mais caro e as vezes um casal opta por não ter filhos, porém isso não faz com que eles não sejam uma família. Por exemplo, o primeiro obstáculo que as famílias contemporâneas encontram é o preconceito da sociedade, o fato de ser mãe ou pai solteiro em uma entrevista de emprego dificulta ainda mais a conquista de tal vaga, no país onde o desemprego ainda é alto, é injusto que isso se torne uma característica de escolha entre candidatos, ou seja, falta empatia de muitas pessoas para que a sociedade seja um conjunto único.         Ademais, chega a ser hipocrisia haver preconceito em um país com uma mescla tão rica de diferentes culturas, como se o conceito de família fosse restrito a um significado, uma única forma. Por consequência, a representatividade das novas famílias ainda não é igual como as demais, raramente se nota em alguma novela a figura de uma família sem um pai ou uma mãe, que favorece a alienação das pessoas frente à essa visão tradicionalista, já que os brasileiros passam bastante tempo assistindo. Como resultado se tem um preconceito enraizado e de difícil combate, mas que por medidas simples e objetivas pode ser solucionado.          Dessa forma, o Governo, através do Ministério da Educação, deve promover nas escolas o estudo das ciências sociais desde o início da formação escolar entre os jovens, para o conhecimento sobre a heterogeneidade da sociedade, desde o quesito sexual até a formação familiar, por meio de palestras e debates mensais, no intuito de provocar a empatia no presente e futuro da sociedade, já que essa é palavra que falta no dia a dia da sociedade. Sendo assim, o conhecimento difundido desde o início da vida escolar fará com que eles respeitem os demais e não os julguem por uma escolha, e aí então o Brasil será um país de todos.