Enviada em: 31/10/2017

Nas palavras da psicóloga Marlene Strey, o indivíduo “encontra-se num sistema social criado através de gerações já existentes e que é assimilado por meio de inter-relações sociais”, assim é feita a incorporação de valores vigentes e normas na sociedade, sendo uma delas a instituição familiar; cuja configuração mais aceita é definida pela união estável entre um homem e uma mulher. Apesar de padronizado, o modelo familiar tem gradativamente sofrido mudanças, todas tendendo ao abandono do patriarcalismo e buscando a diversidade, reflexo de uma sociedade na qual o pensamento liberal tem começado a adquirir espaço.   Para ilustrar o presente cenário, é válido citar o aumento significativo da presença de casais homoafetivos empenhando-se para conseguir o direito da adoção e união estável. Ainda que notória a substituição do pensamento arcaico pelo contemporâneo, não há como negar a resistência de uma parte da população que insiste no conservadorismo, dificultando a conquista dos direitos anteriormente mencionados e tornando as diferenças um alvo de preconceito.    Além disso; o divórcio, que já foi motivo do rebaixamento feminino devido aos modelos de vida socialmente pré-definidos, apesar de não ser uma situação nova, com as mudanças e imposições, cerca de 16,3% das famílias atuais são representadas por mães solteiras que com veemência provam não ser necessária a apresentação da figura masculina para garantir a boa criação de um filho.   Em face dessa realidade faz-se necessária a absorção da tolerância e respeito ao próximo. Professores e coordenadores devem se comprometer a conversar com os alunos de forma que naturalize as diferentes estruturas familiares, palestras explicando a diversidade devem ser ministradas nas escolas e em seguida debates devem ser abertos, pois o estabelecimento de ensino atinge um grande número de indivíduos, e como foi elucidado, o ser reproduz os valores que a sociedade apresenta.