Enviada em: 03/02/2019

A ajuda humanitária é um auxílio fraterno entre pessoas ou governos, de interesses sociais, econômicos e solidários, com pioneirismo do suíço Henry Dunant e a fundação da Cruz Vermelha, no século XIX, instituição que até hoje atua na preservação dos direitos humanos em situações intricadas ao redor do mundo, seja por catástrofes naturais ou conflitos bélicos, por exemplo. Tal ajuda pode ser entre indivíduos ou governos. Com a Guerra Fria, na qual as potências mundiais, EUA e URSS, surgiram as grandes ações humanitárias entre governos, mediante uso de expedições militares com intuito principal de criar campos de influência política. Nos anos 80, com evolução da tecnologia, a fraternidade passou a ter, também, um caráter mais pessoal, isto é, cada cidadão pode ajudar causas que lhe interessam. Essa cooperação está transformando o mundo, positivamente.        Primeiramente, a filantropia surgiu entre países, forma de mostrar poderio geopolítico. Iniciando-se no fim de guerras na Europa no século XIX, com seu ápice na Guerra Fria, este modelo ainda é bastante difundido. Por exemplo, o Brasil, com aspirações de projetar sua influência mundialmente, utilizou-se de tropas para ajudar o Haiti em 2004, país mais pobre das Américas e sem qualquer estabilidade política. Neste tipo de situação, na qual existe um conflito bélico, em locais de urgência humanitária, as forças armadas ainda são essenciais, e atuam hoje, especialmente, em locais no Oriente Médio e África Subsaariana.       Além do socorro entre países, nos anos 80, os avanços de tecnologias como meio de comunicação em massa, redes bancárias interligadas e internet, facilitaram processos que pessoas ajudassem outras sem intermédios do governo. No Brasil, ONGs se multiplicaram com a finalidade de ajudar situações de calamidade pública que surgem, como enchentes, deslizamentos e desastres ambientais, em destaque o caso de Mariana, cidade mineira tomada pela lama tóxica de rejeitos de minério com rompimento de uma barragem. Notório de comoção pública, a ajuda financeira e logística foi essencial no acompanhamento das vítimas da tragédia.       Assim, os progressos de tornar o mundo mais fraterno, que certamente honrariam Dunant, fundador da Cruz Vermelha, podem ser intensificados. A caridade entre pessoas é, sem dúvida, uma dinâmica mais rápida e prática de se realizar ajuda. Deve-se ampliar a atuação de redes de arrecadação de dinheiro online, intermediado por ONGs, em associação com sites petições online como o Avaaz, cujo mostra diversas causas e como o engajamento virtual do internauta pode se transformar em práticas altruístas. Isto funcionou no caso de Mariana e em diversos outros, ou seja, práticas de sucesso devem ser encorajadas, para cada cidadão assumir seu papel de protagonista de um planeta mais justo.