Enviada em: 01/04/2019

O ano de 2000 foi marcado pelo início da inclusão concreta periférica com a expansão do funk, um choque cultural indispensável. Desde então, é objetivo da identidade cultural abranger toda a população, bem como condecorar as diversidades em benevolência às diferenças sociais; o que, a longo prazo, culminará na visibilidade e coesão social plenas e fundamentais.       É indubitável o direito civil de ser um componente de coesão social, de acordo com as teorias do sociólogo Émile Durkheim. Para tanto, deve pertencer à todos os âmbitos voltados para o bem estar do indivíduo, desde a saúde e a educação, que são direitos básicos, até o entretenimento; todos garantidos pela constituição brasileira. Assim como, é de extrema importância que seja retratado na arte, uma vez que a mimese é uma prioridade artística atual. No entanto, a visibilidade minoritária permanece em crescimento lento e gradual. Em 2016, por exemplo, nenhum artista negro sequer foi indicado ao oscar, o que gerou uma enorme comoção imediata nas redes sociais e, nos anos de 2017 e 2018, indicações e premiações de filmes com caráter político sobre a temática negra, como Green Book e MoonLight; demonstrando a importância do engajamento social no cinema.       Ademais, a identidade de um povo é sinônimo de superação, inspiração e esperança. Além de espelhá-lo, precisa também incluí-lo. Quando o faz, transforma a motivação de exclusão em programas de harmonia inclusiva. O indicador cultural SIIC, união entre o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística e o ministério da cultura, demonstra que a implementação de projetos culturais em escolas periféricas é diretamente proporcional à estabilidade comunitária. Outrossim, projetos executados em escolas públicas podem inspirar eventos externos semelhantes, como é o caso do cooperifa, um sarau poético periférico no estado de São Paulo.       Haja vista que a identidade cultural necessita englobar toda a população referente, a cultura deve estabelecer um forte vínculo com a realidade, a fim trazer ao indivíduo sentimentos já vivenciados por esse; o que lhe causará a sensação essencial de pertencimento.  Pois, é a serviço desse feito que ocorre a diminuição da violência adolescente na periferia, a priori, e a posteriori da comunidade como um todo.  Para tal, o ministério da educação deve apoiar projetos independentes dentro da comunidade; necessitará, portanto, de um reajuste no pacto federativo do Estado com os municípios, a fim obter mais verba aplicada no ensino público. O ministério da cultura, por sua vez, deve reconhecer obras artísticas de cunho inclusivo, principalmente as cinematográficas, para que possa levá-las às áreas mais carentes, por meio de eventos como o cinema ao ar livre; o que também dependerá da aplicação de mais capital na cultura e educação regionais, em prol da inserção absoluta.