Enviada em: 01/11/2017

Cultura, essa coisa tão difícil de se definir, pois engloba as mais variadas formas de manifestações humanas a cera da realidade que nos cerca, tem esse mágico poder de nos movimentar, nos unir, criar diálogos que auxiliam á alcançar novos estágios evolutivos como sociedade.       Num país onde existe um abismo social tão grande como o Brasil, o incentivo á cultura seria essencial para ajudar a criar pontes que diminuam essa disparidade. Mas afinal, o que nos impede de fazer isso?       Nossa história foi marcada por décadas de regimes autoritários, cuja a base de sua estrutura dependia da exclusão e exploração de determinados grupos sociais. Sendo eles monarquias, ditaduras, ou até mesmo falsas democracias, dominadas por oligopólios, para nenhum desses governos era interessante a emancipação de seu povo, por tanto, sempre houve perseguição cultural no país. Exemplos disso são o Candomblé, religião nascida em território nacional, fruto da resistência á proibição de cultos de matriz africana, e a MPB, que teve papel fundamental em contestar a ditadura militar, regime que durou de 1964 á 1985.       Porém, hoje, apesar de vivermos em democracia á mais de 40 anos, os investimentos em cultura ainda são pífios, sendo destinado menos de 1% do orçamento da união para tal área. A falta de interesse em politicas culturais ainda faz parte das esferas governamentais no país, e a presença do Estado nas áreas carentes é, na maioria das vezes, apenas como força repressora. Por isso, infelizmente, a maioria das vítimas de homicídio no Brasil são pessoas jovens, de pele negra e origem humilde. Estamos, literalmente, assassinando o nosso futuro.       É necessário a conscientização e mobilização da sociedade para superar esse problema. Os debates devem ser estimulados pelas mídias, afim de causar mais participação popular á vida pública. Medidas autônomas também podem ser tomadas. As comunidades devem se unir e, juntas, formarem associações que contribuam para o desenvolvimento cultural em suas regiões.