Enviada em: 02/05/2017

"Uma andorinha só não faz verão". Essa expressão popular refere-se ao poder do trabalho coletivo, o qual implica que todo indivíduo é indispensável para um determinado grupo. Assim, há uma reciprocidade de benefícios para o conjunto e para a questão individual, já que em um agrupamento de pessoas, um cidadão se torna fortalecido. No entanto, infelizmente, indivíduos não se associam apenas por boas causas, o que faz-se preciso adotar medidas que coíbam ações individuais negativas.        As pessoas, normalmente, costumam se unir quando possuem ideais comuns. Isso ocorre pois associadas umas às outras é maior a probabilidade de reconhecimento de uma causa e, consequentemente, de se alcançar objetivos. Em função disso o indivíduo se fortalece, visto que existe apoio para sustentar suas aspirações. Um exemplo disso são os movimentos feministas - que atualmente acontecem com mais frequência devido à facilidade e dinamicidade das comunicações - os quais foram, e ainda são, essenciais para garantir direitos femininos negligenciados pela sociedade patriarcalista, como o voto, conquistado, no Brasil, em 1932. Outro exemplo é o movimento negro no país, responsável pelo resgate da identidade de um povo que por muitas décadas foi marginalizado da sociedade, e pela luta da desconstrução da supremacia branca imposta, a qual contribui para a persistência do racismo. Tais associações colaboram vigorosamente para o empoderamento individual.       Em contrapartida, do mesmo modo que pessoas se unem em prol do bem estar social, outras se agrupam em busca de medidas que priorizam um grupo em detrimento de outro, culminando em atos de ódio e de intolerância. Essa situação decorre da falta de justiça social e do sentimento de empatia, o que, lamentavelmente, acarreta em ideias etnocêntricas, tais como a xenofobia e o racismo. Para ilustrar isso, pode-se citar a ideologia nazista instaurada por Hitler, na Alemanha, causadora da perseguição e da morte de milhares de judeus. Ademais, no Brasil, o crime organizado é constituído por grupos que detém o domínio de determinadas áreas no país e disputam o controle de outras, ocasionando atos de terror nas grandes cidades, como Rio de Janeiro e São Paulo, além de chacinas em presídios, como aconteceu na região Norte, recentemente. Condutas desse tipo são fundamentais para perceber como pode se tornar forte um cidadão quando ele se alia a demais pessoas com os mesmos propósitos.       Portanto, é possível compreender que indivíduos ligados por interesses comuns são engrandecidos pelos seus intuitos. Entretanto, é importante que sejam transmitidos na sociedade, tanto através das escolas quanto pela educação primária familiar,  valores morais e éticos como o respeito ao próximo e a solidariedade. Assim, poderão surgir, cada vez mais, ações a favor do bem estar geral.