Aristóteles, um dos pilares da Filosofia Ocidental, professor de Alexandre, o Grande, e educador reverenciado no Ocidente e Oriente. Em contrapartida, hoje, aqueles que exercem a mesma função desse ilustre filósofo - lecionar - são desvalorizados devido a dois principais fatores: as ineficazes políticas de gastos públicos que envolvem a profissão e um desprestígio social a esta, inferiorizada frente a outras atividades. Primeiramente, destaca-se a questão econômica como fundamental para entender o problema. É certo que, no Brasil, sua raiz não é o valor investido em educação - que segundo a OCDE, supera países como os EUA -, mas a má gestão destes gastos, que reflete diversas precariedades do sistema educacional. Assim, a desvalorização do professor está nos baixos salários, na pouca profissionalização e nos precários ambientes de trabalho, o que é inaceitável em qualquer país que busque o progresso. Ademais, a mudança das estruturas sociais também influencia na questão. Transformações ocorridas nos séculos XX e XXI, como o avanço tecnológico, indicam outros meios como agentes de cultura (como a mídia), tirando do professor a posição principal nesse ramo. Tal fator contribuiu para uma progressiva visão de desprestígio ao educador, colocando-o abaixo de outros profissionais, como médicos e advogado. É de suma importância que esse paradigma seja quebrado e que a sociedade entenda o valor de seus mestres. Portanto, entende-se que a importância dada aos ensinadores, como Aristóteles, deve ser recuperada. Para isso, o Sinpro (Sindicato dos Professores) deve eleger uma equipe para atuar com o Estado, a fim de destacar setores emergentes, como os baixos salários e a melhoria da profissionalização, e canalizar investimentos a estes. Esse mesmo sindicato deve promover campanhas junto à mídia que propaguem a importância dos profissionais da educação para a construção de uma sociedade saudável, bem como elucide o conceito de respeito mútuo e consciência moral para a população.