A educação é um meio de elevar o indivíduo a um nível superior de conhecimento, sendo que isso ocorre, por intermédio do professor. No entanto, na contemporaneidade, a ideologia predominante no mundo ocidental é o capitalismo, que prioriza o consumo e o lucro, colocando em um patamar inferior outras áreas como o ensino. Diante disso, é nítido perceber que no Brasil essa classe de profissionais padece com baixa remuneração, descaso e violência. Dessa forma a educação sofreu um declínio ao longo dos anos, o que prejudica, o desenvolvimento do país. Em primeiro lugar, cabe destacar que o salário dos docentes brasileiros está entre os piores do mundo, de acordo com dados apresentados pela Revista Veja, em 2017. Diante disso, fica clara a desvalorização da classe no país, de modo que fazer licenciatura é desanimador para a maioria dos jovens atualmente, por causa da remuneração no sistema público de ensino ser muito pouca. Isso faz com que a educação fique cada vez mais decadente, e que a quantidade de profissionais qualificados reduza. Então, isso gera um atraso no país, pois para haver desenvolvimento, é necessário investir no ensino, principalmente público, já que o particular se sustenta automaticamente. Por outro lado, vale ressaltar também, a inversão de valores, quando se refere à desvalorização financeira e moral dos professores, uma vez que educação não é tida pelos governantes como prioridade. Isso ocorre, visto que a corrupção e o desvio de verba fazem faltar recursos para esse setor. Além disso, essa classe trabalhadora também sofre com o desrespeito dentro das salas de aula. De modo que segundo pesquisas do Sindicato dos Professores de São Paulo, em 2013, 44% dos docentes da rede pública já havia sofrido algum tipo de violência na escola. Dessa forma, isso contribui para a falta deles nas escolas municipais e estaduais e favorece a desigualdade social, porque as pessoas de baixa renda ficam sem ter acesso a uma educação digna. Fica evidente, portanto, que a valorização do professor gera desenvolvimento para o país. Logo, cabe ao Ministério da Educação e Cultura (MEC), em parceria com o Governo Federal, garantir o piso salarial dessa classe de trabalhadores em todo território nacional e criar incentivos financeiros, para valorizar a regência. Isso deve ocorrer por meio da fiscalização, realizada pelo Tribunal de Contas da União, com o intuito de evitar o desvio da verba direcionada aos docentes. Ademais, as escolas, junto com os pais, os principais agentes formadores, devem conscientizar as crianças sobre o respeito com os professores, por intermédio de rodas de conversas. Isso tem que acontecer, a fim de combater a violência contra esses profissionais e assim construir uma sociedade mais harmoniosa.