Enviada em: 17/05/2019

O ensino domiciliar é caracterizado como o ensinamento em casa, no qual as disciplinas são lecionadas, geralmente, por pais ou tutores. No Brasil, segundo a A.N.E.D.(Associação Nacional de Educação Domiciliar) existem mais de 7.500 famílias que aderiram ao novo método de ensino. Entretanto, há problemáticas relacionadas a esse ensino, como a falta de socialização das crianças, além dos pais ou tutores não possuírem formação em todas as áreas do conhecimento educacional.          Convém ressaltar, a princípio, que o ensino domiciliar tem por consequência a falta de socialização da criança e adolescente. Isso ocorre porque não terão o convívio diário com outras pessoas e, por conseguinte, não haverá troca de opiniões, nem debates enriquecedores do senso crítico. Outrossim, um debate é uma troca de conhecimentos, segundo o jornalista Robert Quillen,  desse modo, a falta de debates proporcionado pela carência de socialização em sala de aula gera um ser humano ignorante, com a falsa ideia de que sempre está certo.        Além disso, é importante destacar a escassez de formação dos pais ou tutores em todas as áreas da base curricular de ensino. Esse fator propicia o déficit no conhecimento do educando, desse modo o menor não estará apto para entrar no mercado de trabalho, e contribuir com a economia do país, uma vez que o mercado exige sempre o melhor do trabalhador. Ademais, tanto para o governo quanto para os pais o ensino domiciliar é um modo de economizar, entretanto, de acordo com o economista Arthur Lewis a educação é um investimento com retorno garantido, ou seja, a educação não é um gasto, mas sim um investimento que trará melhorias para o país.        Em suma, faz-se imprescindível a tomada de medidas para não atenuar o impasse. Posto isso,  cabe ao MEC (Ministério da Educação e Cultura) junto ao Ministério da Justiça garantir uma melhor formação das crianças e adolescentes, por meio da instauração de requisitos para a educação domiciliar, como tornar obrigatório que o educando seja matriculado em um curso extracurricular, assim como a obrigatoriedade da contratação de profissionais licenciados na área de ensino, a fim de não só haver a socialização do indivíduo, mas também o aprendizado de todas as matérias da base comum curricular, de modo que o menor não se torne ignorante, nem que haja um déficit educacional. Assim, não haverá lacunas na vida da criança ou adolescente.