Enviada em: 23/05/2019

Alexandre, O Grande, conquistou vastos territórios, desde a Europa e África até Ásia, e, em suas vitórias, propunha uma forma de aglomeração cultural com os povos dominados. Essa artimanha não deveu-se somente por sua inigualável ambição mas também por ter Aristóteles como mestre e professor. Do passado à contemporaneidade, para a plena educação de um indivíduo independente exige-se um subsídio de um educador qualificado e, para que ocorra a integração social, o ensino deve ocorrer em ambiente escolar, propondo conhecimentos plurais de culturas, ciências e ideias. Com isso percebe-se a ineficácia da educação domiciliar.   O ensino em casa, embora pareça a resolução dos problemas quanto a estrutura escassa de muitas escolas, não cumpre o compromisso com a educação de diversas áreas realizadas por profissionais capacitados e dispostos a fornecer conhecimento com bases teóricas. Além disso, são poucas famílias que estão dispostas a transformar a sala de casa em uma sala de aula - seja por renda, por tempo ou formação. Segundo dados do IBGE, apenas 10% da população concentra mais de 40% da renda do país; essa disparidade aponta para diferentes realidades quanto a condições para se educar um filho em casa. Contudo, a não garantia de uma educação completa em domicílio ameaça o desenvolvimento intelectual da criança e do jovem pois centraliza, muitas vezes, o conhecimento nas bases da pré disposição familiar e, com isso, ignora também o trabalho de professores.   Perante essas constatações, a escolarização no lar não prepara o indivíduo para o contato com diferentes pessoas, o trabalho em equipe e não condiciona um ambiente com certos desafios e responsabilidades exigidos, futuramente, no mercado de trabalho. Todos esses aspectos capacitam, de certa forma, o aluno a ampliar sua visão de mundo, perceber os movimentos sociais e influenciar, a partir de pensamentos compartilhados, o ambiente ao seu redor. De acordo com a Constituição Federal, a educação é um direito social que deve ser garantido pelo Estado, assim, torna-se direito de cada cidadão o direito de conhecer novos horizontes.    Por conseguinte, a educação domiciliar não deve sobrepor o contato pluralista de um ambiente escolar composto por profissionais capacitados. As escolas, porém, necessitam de incentivos fiscais, por parte do governo, para melhorar fisicamente suas estruturas, promovendo um ambiente aconchegante, incentivador e estruturado. Ainda, deve-se viabilizar oportunidades de crescimento individual para jovens, por meio de pesquisas, olimpíadas escolares e trabalhos voluntários, e desse modo transformar e trazer a comunidade para dentro da escola. Só assim teremos futuros visionários como Alexandre.