Enviada em: 28/05/2019

A obra cinematográfica "Capitão Fantástico" relata a história de Ben, pai de seis filhos, que resolve criá-los e educá-los de maneira alternativa. Distantes de civilizações urbanas, as crianças vivem em uma floresta, seguindo uma rotina intensa de estudos e atividades físicas, preparados e supervisionados pelo pai. Concomitante a isso, no Brasil, é crescente o números de adeptos a educação domiciliar, bem como aqueles que se opõem a esta modalidade. Nessa perspectiva, os desafios que circundam a conjuntura devem ser analisados e superados.       É relevante abordar, primeiramente, de acordo com a Lei de Diretrizes e Bases Educacionais de 1996, a obrigatoriedade de crianças e jovens frequentarem a escola, estando sujeitos a ações judiciais os pais que não cumprirem essa responsabilidade. Entretanto, não há leis que atermam a proibição da educação domiciliar e as famílias que desejam educar os filhos em casa recorrem à justiça para solicitar uma autorização. Assim, segundo dados divulgados pela revista EXAME, cerca de 5 mil famílias adotaram essa método, interessados em participar da formação dos filhos.     Faz-se mister ainda, salientar as consequências do ensino domiciliar. De acordo com o filósofo Immanuel Kant: "O homem não é nada além daquilo que a educação faz dele". Dessarte, a qualidade de ensino em casa pode ser maior que nas instituições acadêmicas, visto que as crianças aprendem seguindo seu próprio ritmo e interesses. Contudo, ficam impedidos de lidar com conflitos, concorrências e pressões sociais, submetidos a aderir visões de mundo limitadas  às ideologias dos pais.        Portanto, são necessárias medidas que apurem esta modalidade de ensino. As entidades governamentais devem direcionar verbas adequadas ao Ministério da Educação (MEC) para que profissionais qualificados possam instruir os pais ou responsáveis que seguem esse método. Ademais, os estudantes devem realizar avaliações periódicas, afim de ponderar e analisar o desempenho do aluno quanto o desenvolvimento pessoal, o exercício de sua cidadania e convívio social.