Enviada em: 12/06/2019

Desde o Iluminismo, entende-se que uma sociedade só progride quando um se mobiliza com o problema do outro. No entanto, quando se observa a precária condição da educação ofertada aos alunos no país verifica-se que esse ideal iluminista é constatado na teoria e não desejavelmente na prática e a problemática persiste intrinsecamente a realidade do país. Nesse contexto, torna-se claro a insuficiência de estruturas especializadas no acompanhamento desse público, bem como o entendimento acerca do papel social desse arranjo.    É indubitável que a questão constitucional e sua aplicação estejam entre as causas do problema. Tal fato se reflete nos escassos investimentos governamentais em qualificação profissional e em melhor suporte físico, medidas que tornariam o ambiente educandário mais inclusivo para os jovens, e devido à falta de administração e fiscalização pública por parte de algumas gestões, isso não é firmado.   Outro ponto relevante, nessa temática, é o preconceito da sociedade que ainda é agente ativo na segregação das escolas públicas de baixo rendimento frente à sociedade. Um exemplo disso é a difícil introdução dos formados no mercado de trabalho devido à intolerância inerente à sociedade brasileira. Seguindo essa linha de raciocínio, o historiador Nicolau Maquiavel sustenta a ideia de que os preconceitos têm mais raízes do que os princípios. Assim, uma mudança nos valores da sociedade é imprescindível para transpor as barreiras à construção educacional dos brasileiros.   É evidente, portanto, que ainda há entraves para garantir a solidificação de políticas que visem a construção de um mundo melhor. Para que isso ocorra, o Ministério da Educação e Cultura (MEC) deve inserir mais profissionais nas escolas, através da admissão de auxiliares e disponibilização de vagas em fundações integradoras, com o propósito de efetivar a melhoria do desempenho, considerando que a escola é a principal forma do Estado. Ademais, como já dito pelo pedagogo Paulo Freire, a educação transforma as pessoas e essas mudam o mundo. Logo, é dever do Estado à criação e implantação de um projeto nas escolas o qual promoverá palestras e apresentações artísticas que discutam a pluralidade a respeito do cotidiano e dos direitos dos discentes, a fim de que o tecido social brasileiro se desprenda de certos tabus para que não viva a realidade das sombras, assim como na alegoria da caverna de Platão.