Enviada em: 08/07/2019

A escola é um instrumento socializador de base que, tem por objetivo de ser, junto à família, formador do indivíduo enquanto cidadão racional. De tal modo, é possível perceber o crescimento dos adeptos ao ensino domiciliar – prática essa que diz respeito à transferência de responsabilidade do processo da aprendizagem, da instituição de ensino para o lar - o que faz com que a temática seja objeto de discussão instaurado na sociedade brasileira contemporânea.        Em primeiro lugar, é fulcral conhecer os motivos que levam o indivíduo a aderir à aprendizagem em casa. Assim, a atual situação de calamidade das escolas brasileiras, sobretudo, no cerne estatal, faz com que os pais ou responsáveis optem pelo ensino domiciliar como agente de exponencialização da eficácia, uma vez que o acompanhamento do jovem é ampliado. Ademais, motivos religiosos e exemplos como o do escritor Machado de Assis – autodidata e consagrado gênio da literatura brasileira – corroboram para o crescimento da adesão ao método.       Não obstante, há também o extremo oposto relativo à temática, que relata a nocividade que tal expoente pode trazer. Desse modo, um dos principais argumentos é a perda do instrumento socializador de base do ser humano: a escola, o que faz com que o infante possa ter falhas no processo de socialização. Outrossim, percebe-se também o prejuízo que traz aos profissionais da educação, uma vez que a demanda por eles nas instituições regulares de ensino poderá sofrer alterações nocivas à plenitude da ocorrência desses.       Torna-se claro, portanto, que a questão da educação domiciliar é um conflito de extremos opostos e, requer uma solução à rigor do esclarecimento Kantiano – resolução da dialética entre racionalistas e empiristas. Assim, urge que uma união entre governo e escolas atue como tal. O Ministério da Educação deve fornecer cartilhas a serem inseridas na Base Comum Curricular, para que as escolas, através de palestras e seminários para pais e filhos, atuem com fito de demonstrar a importância do ambiente escolar e porque o infante deve passar por ele, como também, a necessidade que o ensino domiciliar seja o complemento difusor do aprendizado, respeitando o espaço lúdico da criança, para que haja, de fato, a exponencialização da eficácia e, assim como fez Kant, ser a mediania entre os opostos conflitantes.