No Brasil a proposta de Lei que defende o direito do ensino domiciliar, representa na prática, a família assumir, exclusivamente, a formação do indivíduo. Tal possibilidade, significa um retrocesso na educação do país e consequentemente, na formação cidadã do individuo. Isso se evidência, não apenas pelo fato, da Constituição Federal, em seu artigo 205 ,determinar que a educação é um direito de todos e a formação cidadã é dever do estado e da família, mas também por ser o ambiente escolar , um espaço privilegiado para interação, diálogo e aprendizagem do individuo. A constituição Federal enfatiza em seu artigo 205 a importância da interação da família e do estado no processo educativo dos indivíduos, destacando que esse diálogo é fundamental no processo de formação plena dos sujeitos, pois além de prepará-los para o exercício da cidadania ele melhor qualificar os sujeitos para o universo do trabalho. Além disso, o ambiente escolar é local privilegiado para a construção do diálogo e troca de saberes, pois como afirma o educador brasileiro Paulo Freire, em seu livro "Educação como Prática de Liberdade", é por meio do diálogo que os sujeitos se percebem como produtores de cultura e possuidores de saberes, isso contribui para o fortalecimento da autonomia, elemento fundamental na motivação e aprendizagem de qualquer pessoa. Desse modo, a educação se faz em constante processo de interação do individuo com ele mesmo e com seus pares. Tirar o sujeito do ambiente escolar, além de ser um grande retrocesso em termos de Lei, é também reduzir suas possibilidades de aprendizagem. E diante da crescente polêmica sobre o tema, se faz necessário, um maior esclarecimento da população, através das mídias, construído propagandas que mostrem os prejuízos que essa forma de educação pode acarretar ao individuo. Assim como palestras, cursos e encontros, presenciais organizado por universidades, institutos federais e realizados em escolas, igrejas, sindicatos outros instituições, visando esclarecer melhor a temática.