Enviada em: 29/07/2019

No filme Coach Carter,treino para a vida, um grupo de jovens vulneráveis ao crime é resgatado pela disciplina e princípios do basquete.Trazendo para a realidade brasileira, o mesmo ocorre aqui, porém existem lacunas a serem preenchidas que freiam o papel formador de cidadãos que o esporte possui.Tal problemática é reflexo não só de um base familiar pífea, mas também de negligência estatal.  Em primeiro lugar,é importante destacar a importante função da família em formar o cidadão íntegro. De acordo com o sociólogo Talcott Parsons, família é uma máquina de personalidades.Dessa forma,seguindo o raciocínio,se uma criança vive num ambiente isento de incentivos à prática esportiva,a tendência é que ela absorva os atos e,por conseguinte,fique vulnerável à criminalidade.Exemplo dessa internalização foi o que ocorreu na Itália, onde uma avó criou sua neta em meio a cães e a menina passou a agir como os animais.  Alem disso, vale ressaltar também o descaso do governo com as instituições públicas. Segundo Aristóteles em Ética e Nicômaco,é dever do Estado proteger a sociedade das mazelas.Entretanto,no Brasil esse ideal não é cumprido, visto que o número de espaços esportivos nas escolas públicas só atende cerca de 25% das instituições.Nesse contexto, é notório que existe falha do poder público,pois o esporte já se mostrou eficiente no quesito social,assim como ocorreu com a Rafaela Silva,campeã olímpica,em que o judô a afastou das drogas, por exemplo.   Nessa perspectiva, portanto, é necessário que o MEC se alinhe com as famílias através de ficções engajadas, veiculadas pela mídia,que incitem os pais a praticarem esportes em conjunto com os filhos, para que estes internalizem os princípios éticos das atividades. Ademais,os governadores dos Estados,além de fornecerem verbas para a ampliação do número de quadras poliesportivas, determinem obrigatório que cada escola pública, também oferecendo recursos, promova, em horário extra-classe, atividades esportivas, para que seja atenuante da criminalidade.