Enviada em: 31/07/2019

O ex-velocista jamaicano Usain Bolt- negro e de origem pobre-, utilizou o esporte como meio de mobilidade social. Além de tornar-se reconhecido mundialmente como o homem mais rápido do mundo, é visto como incentivo esportivo por muitas pessoas. Assim, percebe-se a importância do esporte como meio de integração social, onde a origem social é irrelevante. Entretanto, existem lacunas quanto à acessibilidade dos meios esportivos por falta de investimentos socioeducativos nas áreas precárias.   Nesse contexto, a ausência de investimentos em áreas carentes pendura-se desde o período colonial.Tendo como exemplo, a abolição da escravidão em 1888, através da Lei Áurea. Porém, a mesma não foi acompanhada por medidas para inserir o ex-escravo na sociedade da época, levando a marginalização do negro livre. Desse modo, casos como o do jamaicano, Usain Bolt, que apesar do descaso por parte estatal para com os menos favorecidos, emergiu socialmente, não são frequentes no Brasil.    Nesse viés, de acordo com a Constituição Federal de 1988, em seu artigo 5°, todos os indivíduos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, assim, evidenciando a cidadania do sujeito. Então, depreende-se que apesar da igualdade ser lei federal, a mesma não acontece devidamente e em questões de lazer, visto que inúmeros jovens não tem acesso ao esporte na áreas em que vive, ou seja, nas escolas e comunidade com a ausência de quadras destinadas ao esporte.      Torna-se evidente, portanto, que há a inoperância estatal para com investimentos de integração social via esportes. Logo, é necessário que o Ministério da Educação- órgão responsável por medidas socioeducativas-, promova campanhas comunitárias para arrecadar capital, por meio de pequenos festivais de esporte, em busca de investidores e parcerias que se mobilizem com a causa. Tal medida com a finalidade de promover a construção de quadras esportivas nas escolas e comunidades e integrar os jovens na sociedade por meio do esporte.