Enviada em: 05/08/2019

É inegável que, a fim de validar o princípio básico da cidadania – a representatividade –, o esporte se tornou um grande ator social. No entanto, embora aja como passaporte para a inclusão de negros, pobres, deficientes etc., é certo que a falta de investimento em nível nacional limita seu campo de ação na sociedade brasileira. Logo, são imprescindíveis mais ações governamentais, tendo em vista ampliar o poder da prática esportiva.    A princípio, convém ressaltar que, o esporte é um grande agente de inclusão e representação social. A realização de eventos como a “Taça das Favelas, os jogos Parapan-americanos e os jogos Paraolímpicos, abre portas para que jovens, que vivem às margens da sociedade e pessoas portadoras de alguma deficiência, ascendam socialmente e disfrutem do direito – e prazer – da prática esportiva. Ou seja, é através do esporte que grupos menos favorecidos vivenciam a face da cidadania que vai além do voto.    Todavia, a falta de investimento financeiro no esporte em nível nacional restringe seu poder de ator social à poucas cidades e estados. A jogadora de futebol Marta, por exemplo, teve que abandonar sua terra natal no Alagoas rumo ao Rio de Janeiro por falta de oportunidades e infraestrutura para a prática esportiva. Assim como ela, muitos outros atletas se veem forçados a tomar a mesma atitude para construir uma carreira.    Logo, fica clara a necessidade de tornar homogêneo o investimento no esporte brasileiro. Posto isso, cabe ao Ministério do Esporte ampliar o acesso às áreas poliesportivas a nível nacional; para isso, firmar parcerias com a iniciativa privada para arrecadar fundos – e distribuí-los da forma mais justa possível para todas as regiões do país – é uma possibilidade. Desse modo, jovens de todas nas classes sociais, cor e condição física, seriam presenteados com infraestrutura para prática de desportos. Feito isso, o esporte ajudaria a validar a cidadania, no que tange representatividade, de milhões de brasileiros.