Enviada em: 12/08/2019

Embora o Brasil tenha melhorado a realidade social de sua população, ainda há locais onde o Estado não se faz presente. O que traz como resultado uma sociedade extremamente estratificada. Portanto, é fundamental que ferramentas como o esporte possam funcionar como agentes transformadores e muitos deixarem de ser apenas habitantes para se tornarem cidadãos.          O acesso ao esporte é um dever do Estado. Essa atividade vista como uma ação integrada e complementar ao desenvolvimento humano é um direito social previsto na Constituição brasileira. Assim, o acesso a sua prática é obrigação do governo a partir de formulação de políticas públicas. O projeto Esporte e Cidadania, por exemplo, que está presente em áreas de vulnerabilidade social do Rio de Janeiro é um modelo em que o Estado pode seguir para agir em locais esquecidos e ajudar a transformar a realidade de jovens que, na maioria das vezes, estariam nas ruas perto do tráfico.          O esporte educa. A sua prática ajuda os jovens a lidarem com regras e aprender a respeitá-las bem como as diferenças e na integração da comunidade. Dessa forma, o futuro do país gastará energia e tempo com algo que lhe ensinará viver em sociedade, não nas ruas onde podem corrompê-lo. O filme Invictus do diretor Clint Eastwood mostra o poder transformador do esporte ao contar a história da África do Sul, ainda muito dividida logo após o apartheid. O presidente Nelson Mandela acredita que pode unificar a nação por meio do rúgbi ao juntar forças com o capitão do time na Copa Mundial de Rúgbi de 1995.        Logo, onde há esporte existe transformação. O Brasil possui um prêmio chamado "Prêmio Empresário Amigo do Esporte" em que homenageia apoiadores de projetos desportivos, por meio da Lei de Incentivo ao Esporte de 2006, e é fundamental que esse projeto se expanda. É necessário que ele se torne presente em todos os municípios brasileiros. Dessa forma, um país continental com suas regionalizações poderá direcionar as demandas para cada esporte, além de inserir a iniciativa privada na realização de uma conquista para a comunidade sem tantas burocracias que o Estado exige.