Enviada em: 12/08/2019

Na Grécia Antiga foram criados os jogos Olímpicos que tinha o objetivo de homenagear o deus Zeus, sua importância era tanta que chegada a época do torneio as guerras entre as cidades gregas paravam para a sua realização. Nos dias de hoje, o esporte tem outro papel fundamental que é a garantia da cidadania, que nada mais é o indivíduo no gozo dos direitos civis e políticos de um Estado. No entanto, essa cidadania sofre com uma difícil mobilidade de classes causada por um preconceito estrutural na sociedade e a inclusão social, essas muitas vezes superadas graças ao esporte.       Em primeiro lugar, vale ressaltar que a inclusão por meio do esporte para deficientes. Um estudo realizado pela Universidade Federal de Santa Maria, observou melhoras em relação ao aspecto afetivo-social, no trabalho em equipe e desenvolvimento motor dos participantes. Visto isso, a inserção social de deficientes físicos e mentais é uma obrigação moral da sociedade, pois é dever de todos como cidadãos a buscar a melhora da qualidade de vida geral.       Ademais, outro ponto é a questão social da mobilidade para cidadania. Segundo o professor de economia, António Salazar, um cidadão, pleno e conscientemente integrado numa sociedade política civilizada leva séculos a se fazer. Ou seja, a criação de uma sociedade pronta para exercer os seus direitos e deveres demanda esforço e tempo. Além do mais, num país como o Brasil que ainda tem um índice de evasão escolar no ensino médio acima dos 40%, segundo o movimento Todos pela Educação, com isso estes tem pouca mobilidade social. Nesse cenário, o esporte acaba sendo um dos únicos caminhos para a ascensão social, e consequentemente garantia da cidadania, já que esta traz maior acesso a informação.       Portanto, é notório que o esporte exerce uma grande mudança na vida das pessoas, seja ela incluindo, ou como uma certa mobilidade social. Nesse cenário, é imprescindível que o governo Federal, junto as câmaras municipais realizem um maior investimento na prática de esportes, principalmente, nas áreas de baixa renda, com a realização de construções poliesportivas e a contratação de profissionais para que oriente os alunos. Ademais, compete a inciativa privada investir nos esportes para deficientes, sendo cobradas pelos consumidores para tal. Enfim, a partir dessas ações, o esporte, como na Grécia, será capaz de mudar o mundo.