Enviada em: 29/08/2019

Cidadania: Conjunto de direitos e deveres que um indivíduo deve possuir em sociedade. Nessa definição, entretanto, os benefícios encontram-se subjugados, seja pela falta de infraestrutura necessária, seja pela anomia social vigente na contemporaneidade. Nesse contexto, o esporte surge como ferramenta fundamental na construção de uma população nacional mais oportunizadora e cidadã.     Em primeira análise, de acordo com o filósofo alemão Arthur Schopenhauer, “o homem toma os limites do seu próprio campo de visão como os limites do mundo”. Nesse viés, podemos relacionar as condições de sobrevivência que os jovens das áreas periféricas nacionais encontram diariamente, tendo como máximo de visão, violência, falta de saneamento básico, além do notável descaso do Estado. Em contraste, as práticas esportivas aliado ao desenvolvimento cultural são alicerces indispensáveis, como forma de ampliação do horizonte de oportunidades.           Outrossim, conforme o sociólogo alemão Dahrendorf, no livro "A lei e a ordem", estabelece o conceito de anomia, que é a entropia social, desreguladora da população e calcada na desigualdade. Diante desse cenário, centros poliesportivos, instalados em comunidades carentes, tentam reverter esse quadro por meio de atividades físicas, como o futebol, que ganham um teor social, solidário e inclusivo.       Portanto, é de suma importância a continuidade e ampliação da promoção do esporte como gerador de cidadania no Brasil. Assim, cabe ao Ministério da Infraestrutura, em conjunto com ONGs, investir na construção de quadras poliesportivas, desenvolver palestras, peças teatrais e debates públicos, por meio de campanhas e encontros, em bairros e instituições educacionais, com o objetivo de relatar a importância de práticas esportivas como semente transformadora do cotidiano, além de divulgar os fatos realizados, em canais de comunicação e mídias sociais, de modo a engajar o maior número de pessoas. Dessa forma, poderemos formar um país mais igualitário e desenvolvido.