Enviada em: 20/05/2017

Evasão  escolar: do bullying à vulnerabilidade socioeconômica.           Apesar da considerável redução dos altos níveis de evasão escolar, o Brasil ainda não erradicou essa problemática. Sabe-se que cada vez mais o mercado necessita de mão-de-obra qualificada e o que se tem encontrado é uma população cuja a juventude não possui requisitos mínimos de escolaridade, sendo que, grande parte dessa não concluiu sequer o ensino fundamental.      Entretanto, o que necessita ser analisado é o fato de que maioria  dos indivíduos que são considerados desistentes fazem parte de um grupo vulnerável da população. Seja por falta de recursos financeiros, quando o aluno precisa deixar de estudar para trabalhar e compor a renda familiar ou por inacessibilidade de transporte, devido a localização de sua residência. Ambas as causas são realidade de muitos jovens e adolescentes brasileiros e provocam ao cidadão a impossibilidade de frequência escolar, levando esse à reprova, que desestimula o estudante e por conseguinte provoca a descontinuação dos estudos.            Ademais, vale destacar que uma parcela  dessas desistências se devem também  ao aumento expressivo dos casos de bullying nas escolas, sendo que, o aluno que sofre de tal prática tende a desistir dos estudos, a fim de não ser mais violentado. E ainda que por intervenção do conselho tutelar esses casos de vulnerabilidade sejam analisados e os alunos retornem às aulas, é evidente que com a falta de incentivo esses indivíduos tornam a se evadir da escola e recorrem ao trabalho ou ao refúgio do lar em detrimento da educação para qualificação e possível ascensão social por meio dessa.           Portanto, tendo em vista os argumentos supracitados, nota-se que deve o ministério da educação em parceria com as secretarias estaduais e municipais de educação em seus devidos âmbitos, promover o incentivo à conclusão dos estudos, através da criação de oficinas descentralizadas nas escolas em contra-turno, que captem o interesse e atenção dos alunos, além de oferecer suporte aos casos de vulnerabilidade, comunicando aos Centros de Referência à Assistência Social e ao conselho tutelar quando houver o excesso de faltas nas aulas ou a ocorrência de casos de bullying.