Enviada em: 29/07/2017

No Brasil, em geral, a maioria dos debates sobre o abandono da escola, remete a um amplo universo de polêmicas emblemáticas. Nesse viés, não há como negar a grave incongruência entre os discursos engajados e a omissão de muitos setores da sociedade brasileira. Por isso, o combate e a superação desse problema exigem o abandono de defesas evasivas, para se efetivar medidas que possam garantir a presença dos alunos em sala de aula aprendendo e produzindo.    Em suas defesas, muitos cidadãos brasileiros exaltam perspectivas sensatas e uma serie de posicionamentos coerentes sobre a evasão escolar e seus motivos. No entanto, o que se percebe é uma enorme "preocupação" com seus efeitos e quase nenhum investimento no enfrentamento as suas causas mais prioritárias. Ou seja, embora não faltem defensores de ideias pertinentes, como a necessidade da permanência de crianças e adolescentes nas escolas para que se garantam os direitos descritos no ECA, a maioria não se dispõe em efetiva-las e permanece apática diante do problema.    Nesse sentido, é preciso discutir o quanto esses jovens tem sido vitimados pela mais absoluta falta de compromisso coletivo. Em meio a defesas ideológicas inflamadas, proliferam os casos de desrespeito e negligência ao necessário enfrentamento a esse enorme problema nacional. Numa análise séria e criteriosa acerca dessa realidade, pode-se constatar que ideias exaltadas daqueles que se omitem, não passam de meras expressões de hipocrisia.     Em suma, no tocante à evasão escolar, é inegável a constrangedora discrepância entre discursos e atitudes. Desse modo, torna-se imprescindível que o Estado, em associação com a comunidade tomem iniciativas efetivas , sobretudo, a partir da implementação de mecanismos destinados ao monitoramento e à denúncia dos contrassensos promotores desse problema. Além disso, cabe aos pais ou responsáveis e aos próprios alunos lutarem por seus direitos e cumprirem com suas obrigações.