Enviada em: 30/05/2017

O filme chinês “Nenhum a menos”, trata, dentre outras coisas, sobre os problemas que levam a uma situação que, segundo o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento, acomete mais de 50 milhões de alunos brasileiros: a evasão escolar. Essa fuga é ocasionada por vários fatores que acabam mudando e desestimulando o indivíduo na busca do seu diploma. Além disso, o índice de pobreza é aumentado, visto que hoje em dia o mercado de trabalho prioriza a educação como uma base para a vaga de emprego.   As causas para uma possível fuga do ambiente colegial são variadas e dependem muito da situação que cada aluno vive. Porém, as mais frequentes são por questões financeiras (a escola sendo substituída por um emprego informal e de baixo salário), doenças que dificultam sua locomoção, e pela falta de interesse. Esse último, de acordo com o Programa Nacional por Amostra de Domicílio, ocorre em mais de 40% dos estudantes entre 15 e 17 anos, ocasionado pela falta de perspectiva de futuro em alguns indivíduos e abrindo espaço muitas vezes para a inserção na vida criminosa e até mesmo para um começo de uma família sem base financeira (70% das adolescentes que engravidaram, largaram o estudo, segundo a ONU), elevando o índice de pobreza no país.    O motivo do número de casos do estudo feito pela Pnad, além da ausência de uma visão futura, acontece também por causa do ambiente escolar. Nas escolas públicas, o ensino em sala é muitas vezes por meio do data show ou explicações em lousa, sem que haja uma interação maior entre professor e aluno. Também é perceptível a falta de interesse da gestão em incentivar o aluno nos vestibulares e concursos, sendo muitas vezes apenas levado em conta o nível da instituição pela quantidade de alunos, e não pela qualidade deles.   Portanto, é notório que, além de aumentar o nível educacional do país, várias outras vertentes seriam melhoradas para esta e para as próximas gerações. Assim, o Governo deverá intensificar o investimento em programas de ajuda financeira para as famílias de baixa renda, evitando assim o trabalho precoce e consequentemente o abandono acadêmico. O Ministério da educação, junto com as escolas, terá que realizar mudanças em sua estrutura pedagoga, para que os professores consigam voltar à atenção dos alunos com aulas mais interativas e dinamizadas. Também poderá incentivar a participação nos vestibulares e concursos, mostrando os benefícios de se ter um nível superior. Pois, como dizia o filósofo Séneca, a educação exige cuidados maiores por influir na vida toda do homem.