Enviada em: 08/06/2017

Já afirmava Claude Lévi-Strauss "O mundo começou sem o homem e poderá acabar sem ele". Nessa perspectiva, a sociedade vive um paradoxo, a ideologia do igualitarismo acadêmico, em contrapartida a  real distribuição desigual de tal. Dessa forma, surge a problemática da evasão escolar, persistindo, ligada intrinsecamente ao pensamento humano, seja pela ineficácia das leis, seja pela lenta mudança na mentalidade social.       É indubitável, que a questão Constitucional seja fator súpero sustentáculo da problemática. Conforme Aristóteles, a política por intermédio da justiça deveria trazer harmonia a sociedade e ao indivíduo. De forma análoga, tal pensamento aristotélico é rompido, haja vista que, as leis não são aplicadas de forma eficiente, tendo de base o contingente de crianças e adolescentes ausentes no meio acadêmico.Não obstante, a legislação em sua ficção é ideal.        Outrossim, a lenta mudança na mentalidade arcaica da sociedade vincula-se ao paradoxo. José Saramago em seu livro  "Ensaio sobre a Cegueira", descreve uma sociedade que paulatinamente torna-se cega. Metáforas a parte, é exatamente o que ocorre quando a meritocracia não é vista como uma falácia. A comunidade fica cega para o trabalho infantil, gravidez na adolescência, dificuldades financeiras, como se tudo fosse obsoleto a capacidade do aprendizado.        Infere-se, portanto, há necessidade de mudanças governamentais e sociais. O governo, em especial, o Poder Executivo, deve corroborar a Legislação vigorante, concomitante, ao apoio do Poder Judiciário no quesito de cumpri-la. Em conjunção, as escolas devem por meio de palestras e discursos incentivar e motivar seus discentes a percorrer sua longa caminhada acadêmica. A família base da sociedade, em suma, tem a responsabilidade de amparar seus primogênitos da melhor forma possível, nesta caminhada.Desse modo, não apenas a evasão escolar cairá exponencialmente, mas a realidade social de outrora se extinguirá .