Enviada em: 28/06/2017

Na Grécia Antiga, principalmente em Atenas, apenas uma ínfima parcela da população usufruía do ócio, ou seja, poderia dedicar-se à arte e ao estudo. Atualmente, graças à legislação brasileira, todos cidadãos de 6 a 14 anos têm o direito de frequentar o Ensino Fundamental, todavia, muitos jovens deixam de estudar e não terminam o ciclo escolar.Desse modo, seja pela baixa quantidade de empregos legais para menores de idade, seja pela dificuldade de acesso a escolas em muitas regiões, esse revés persiste.     É indubitável o pequeno número de vagas de trabalho na modalidade de jovem aprendiz no Brasil. Esse modelo faz com que o menor de idade consiga trabalho sem prejudicar sua vida acadêmica, pois é configurado como um serviço de 4 a 6 horas diárias, proporcionando ao adolescente tempo para frequentar a escola antes ou depois do horário de trabalho. Isso se faz necessário, a medida que, com um grande número de famílias carentes, o jovem está, cada vez mais cedo, precisando abandonar a escoa para buscar emprego e ajudar nas despesas familiares, alimentando, também, a quantidade de menores de idade no tráfico e a exploração do trabalho infantil.     Outrossim, há muitas escolas localizadas em regiões afastadas de outros bairros ou com difícil acesso por ruas não asfaltadas e cheias de buracos, tornando impossível a locomoção do aluno em dias de chuva. Isto é, jovens perdem dias de aula por não conseguirem chegar à escola por motivos como: distância, o clima e a dificuldade de locomoção. Esse cenário mostra a falta de comprometimento de governos locais de cada município com a legislação vigente no Brasil. Dessa maneira, já são 1,3 milhões de jovens fora das escolas, segundo o IBGE.     De acordo com o exposto, uma das possíveis medidas para combater o impasse seria o aumento do número de vagas para menores de idade no mercado de trabalho, na modalidade de jovem aprendiz. Através do Ministério do trabalho ampliando o número mínimo de contratação de menores por empresa, a fim desses não precisarem abdicar do seu direto de estudar para trabalhar, e sim, praticar as duas atividades com êxito.Também, cabe ao Governo Federal, juntamente com o MEC, o dever de cobrar dos estados e municípios condições adequadas para os alunos serem capazes de frequentar as escolas, com criação de novas instituições em bairros afastados e melhoria nas vias que as circundam, com finalidade de tratar o caso de evasão escolar no Brasil.