Enviada em: 25/06/2017

Segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a evasão escolar em 2014 levou 1,3 milhão de estudantes entre 15 e 17 anos a abandonarem a escola. Tal evasão representa um obstáculo para o desenvolvimento sociopolítico brasileiro e reflete a secundarização, no cenário escolar, dos problemas vigentes na realidade desses ex-alunos.            Inicialmente, a rejeição ao ambiente escolar antecede o atraso do amadurecimento político da sociedade. Sabe-se que o conhecimento e sua difusão, como ocorrido já durante o século XIX com a invenção da imprensa e da Enciclopédia iluminista, possuem papel fundamental para a evolução do senso crítico e consequente ampliação da cidadania e do engajamento político, conjuntura esta que culminou na Revolução Francesa. Assim, a perda de contato com níveis maiores de educação pode acarretar a formação de uma parcela populacional pouco crítica em relação à sua realidade e de menor contribuição para a expansão da democracia através da participação política.              Apesar disso, pouco é feito para prevenir tal pressuposto. Segundo Paulo Freire: "educar é impregnar de sentido o que fazemos a cada instante". Em divergência a isso, a evasão escolar pode ser engendrada pela pouca utilidade ou sentido que a educação aparenta ter para estudantes imersos em realidades problemáticas, em meio à violência, pobreza e necessidade precoce de trabalho. Assim, sem profissionais - professores ou psicólogos - que ouçam suas queixas e os estimulem a continuar em instituições de ensino, o abandono escolar permanecerá.               Portanto, medidas devem ser tomadas para suprimir tal obstáculo. Entre elas, a criação, pelo Governo Federal, de novos cargos escolares, ocupados por psicólogos ou profissionais semelhantes, que se encarreguem exclusivamente dos estados psicológico e familiar estudantis, por meio de conversar abertas com alunos e seus responsáveis.                     Inicialmente, a rejeição ao ambiente escolar antecede o atraso do amadurecimento político da sociedade. Sabe-se que o conhecimento e sua difusão, como ocorrido já durante o século XIX com a invenção da imprensa e da Enciclopédia iluminista, possuem papel fundamental para a evolução do senso crítico e consequente ampliação da cidadania e do engajamento político, cenário este que culminou na Revolução Francesa. Assim, a perda de contato com a educação pode acarretar a formação de uma parcela populacional acrítica em relação à sua realidade