Enviada em: 27/06/2017

Há, na sociedade contemporânea, uma problemática que se torna exponencialmente grave: a grande quantidade de abandono escolar. Nesse contexto, há relevantes fatores que devem ser considerados, como a alta desigualdade social e econômica no país, além da baixa qualidade do ensino público.   O Brasil está entre os 10 países com o PIB mais alto, em contrapartida, é um dos países com maior índice de desigualdade social e econômica. Em virtude disso, há muitas famílias de baixa renda que colocam seus filhos em escolas públicas. Soma-se a isso o fato de muitas dessas escolas serem longe de casa e o meio de transporte escolar não existe na região ou não está em boas condições, o que dificulta o acesso à escola. Dessa forma, muitos jovens abdicam do estudo para trabalhar e ajudar com a renda familiar.   Consoante o sociólogo Gilberto Freyre, "o ornamento da vida está na forma como o país trata suas crianças". A partir desse pensamento, é possível inferir que é função do Estado possibilitar o acesso escolar dos jovens. Sobre isso, a baixa qualidade de ensino nas escolas públicas e a falta de incentivo para o jovem em sua formação são fatores que aceleram o processo de desistência educacional, já que alguns professores não possuem comprometimento com a grade escolar e muitos jovens largam a escola para entrar na criminalidade.    Pode-se, pois, concluir que a evasão escolar deve ser evitado ao máximo. Desse modo, necessário se faz que o governo promova melhorias na infraestrutura das escolas públicas e dos meios de locomoção, bem como incentivar o estudo por meio de programas de inclusão sócio-educacional através de palestras e workshops, bem como melhorar a qualidade de ensino por intermédio de fiscalizações. Ademais, o Estado deve adotar o modelo de educação proposto pelo pedagogo Paulo Freire, em que a educação deve ser formadora de indivíduos conscientes do seu papel na sociedade. Logo, poder-se-á ter uma queda da desistência escolar.