É possível afirmar que grande parte da população jovem do Brasil ainda faz parte do problema social denominado evasão escolar, tendo em vista não só o número de crianças e adolescentes que abandonam a escola em busca de emprego, mas também aquela significativa parcela que deixa os estudos para assumir a função paterna ou materna antes da conclusão do ciclo escolar. A necessidade econômica é um fator que leva o jovem a desistir dos estudos em busca de emprego. A justificativa é sempre que a família passa por dificuldades e até mesmo fome, diante disso a pessoa assume o papel de contribuinte do sustento familiar partindo para o trabalho informal e muitas vezes precário, sendo que este fato ainda contribui para a fragilidade psicológica que pode permeabilizar sua a inserção ao mundo do crime. Ademais, a gravidez precoce é outro grande contribuinte para o abandono dos estudos, visto que a jovem precisa desempenhar a tarefa de ser mãe e, por muitas das vezes, assumir o papel doméstico quando não vai em busca de trabalho. Além disso, o jovem,que comumente não tem boas condições financeiras, ao se tornar pai, precisa urgentemente de encontrar um emprego, onde na maioria das vezes acaba aceitando propostas exploratórias,tanto pelo desespero quanto pela falta de qualificação profissional. Diante disso, intensificar o combate ao trabalho infantil, cobrar dos pais a frequência escolar dos filhos por meio da assistência social, criar um programa de conclusão escolar virtual, dar oportunidades de trabalho específicas para jovens em condição de fragilidade socioeconômica, como os que encaram a maternidade ainda na infância e juventude, são ações de combate direto ao grande problema de evasão escolar e seus inúmeros danos sociais que assolam a realidade brasileira.