Enviada em: 03/07/2017

A educação, sem dúvidas, se faz o principal mecanismo para evitar as mazelas sociais. Criminalidade. Gravidez precoce. Tráfico e uso de drogas. Esses aspectos destoam o desenvolvimento social e o progresso individual da população. Uma vez que a evasão escolar é o primeiro passo tomado por jovens quando se vêem diante de problemas familiares e financeiros. Muitos traços da deficiência governamental na gestão da infraestrutura educacional revelam-se como agravantes.             O sistema não mostra aos alunos maneiras eficazes para que se mantenham estudando. Situações diversas ilustram esse contexto, como o trabalho precoce, e por consequência sempre em condições precárias. Emile Durkheim define fato social como sendo um comportamento geral, em comum, de determinado grupo de pessoas, ou seja, a primeira decisão tomada por alunos diante da pressão familiar é a abdicação de uma carreira acadêmica. Em famílias de baixa escolaridade pode ser notado um "apoio" dos pais para que o filho trabalhe antes da conclusão do ensino fundamental, por estes acreditarem que o trabalho renderá mais frutos que estar em uma sala de aula. No entanto, a estrutura oferecida no Brasil é ineficaz não estimulando a permanência e a perseverança de um futuro próspero por meio do conhecimento.         Entretanto, muitos problemas dificultam a resolução do impasse. Há atualmente 676000 jovens entre 15 e 17 anos que não concluíram sequer o ensino fundamental. Essa estatística é alarmante, tanto no quesito educacional quanto de segurança. Pois é indubitável que a violência é diretamente proporcional aos níveis de evasão escolar. Como também, mostra o descumprimento do Estatuto da Criança e do Adolescente que afirma em suas cláusulas que as famílias e o Estado devem assegurar que a educação para pessoas numa faixa etária entre 4 e 17 anos, que é a idade ideal para que se tenha concluído o ensino médio. Ademais, a gravidez na adolescência corrobora para que meninas não desfrutem pelo menos do término do ensino médio.      Entende-se, portanto, que medidas são necessárias. O Governo e a sociedade devem utilizar seus recursos com o fito de atenuar a problemática. Assim, por meio de programas sociais como o fome zero e o bolsa família, o Governo Federal deverá criar subsídios para que mães e pais incentivem seus filhos na vida escolar, cortando o auxílio para núcleos que possuírem membros de até 17 anos que não tenham concluído o ensino básico. Outra maneira, emergencial, seria a adesão da matéria de ensino sexual à grade comum curricular, auxiliando os alunos que iniciam a vida sexual cada vez mais cedo. Dessa maneira, poderia ser ensinado o uso correto de métodos contraceptivos de fácil acesso. Para minimizar esse fato social os investimentos em educação devem ser a base da nação.