Enviada em: 29/06/2017

A educação é o meio de libertação do indivíduo de acordo com o pedagogo Paulo Freire. Em contraponto, a realidade da educação brasileira funciona como um repulsora, como mostram as altas taxas de evasão escolar. Mediante os fatos, é necessária uma revisão desse sistema.    Em primeira análise, a estrutura da sala de aula é a gênesis do desinteresse, uma vez que o enfileiramento dos alunos torna-os passivos ao aprendizado. Não obstante, outra origem da desambição estudantil é a falta de conexão entre os assuntos abordados em sala e a realidade do aluno, o produto direto da equação é a indisciplina. Em efeito dominó, os professores se sentem desvalorizados diante da insubordinação, o que, muitas vezes, torna-os indiferentes ao processo pedagógico.    Vale ressaltar que a apatia do professor aos alunos se torna um agravante dos motivos pessoais que aumentam o egresso escolar, como a falta de estrutura familiar, dificuldades no aprendizado e necessidade de complementar a renda dos pais. Sem atendimento a essas individualidades, o aluno se sente obrigado a abandonar os estudos.    Por fim, o histórico brasileiro mostra um atraso no investimento para educação em relação a outros países. Como outro desfavor, o resultado é a péssima infraestrutura das escolas, que, em inúmeros casos, sofrem com falta de recursos básicos, como livros e carteiras.       A fim de reverter o quadro, diversas medidas podem ser tomadas. O MEC pode padronizar nas escolas o modelo em "U", onde os alunos ficam ao redor do professor, evitando a passividade do estudante. Em subsequência, deve reformular a grade curricular, conectando-a com o cotidiano. O governo federal corrigiria os problemas de infraestrutura com aumento da verba. Aos governos estaduais e municipais, cabe organizar congressos aos professores, a fim de ensiná-los a ajudar os jovens a concluírem seus estudos, lidando com suas necessidades individuais. Somente assim, a educação brasileira poderá funcionar de acordo com o que disse Paulo Freire.