Enviada em: 03/07/2017

A mudança pela educação       Segundo o Estatuto da Criança e do Adolescente, a educação é um direito básico, e a evasão escolar, ou seja, o abandono dos estudos, vai contra a lei, além de acentuar a desigualdade social brasileira. Essa saída, feita principalmente por alunos negros de baixa renda, ocorre por diversas razões e traz graves consequências.       De acordo com dados do PNAD, quase metade dos estudantes não concluem o Ensino Médio até os 19 anos. A necessidade de trabalhar, a falta de apoio e a gravidez precoce são fatores comuns para a evasão e dizem muito sobre a realidade brasileira, como a persistência da pobreza e da falta de planejamento e estrutura familiares.        Até poucas décadas, a escola era uma das únicas fontes de cultura letrada e, atualmente, com o surgimento de tecnologias e o rápido acesso à informação, os estabelecimentos de ensino se tornaram locais desinteressantes. Com isso, crianças e adolescentes se sentem desmotivados e, por vezes, deixam a escola, fato que trará decorrências por toda a vida.       A baixa escolaridade, na maioria das vezes, significa, no futuro daqueles que abandonam os estudos, uma difícil inserção no mercado de trabalho e até mesmo sua entrada no mundo do crime e das drogas. Essas consequências deixam clara a relação entre a saída da escola e as desigualdades existentes no país.       Para acabar com a evasão, muito deve ser feito, como o investimento do Estado e dos estabelecimentos de ensino no uso de tecnologias, como tablets e aulas via internet, e em constantes capacitações da equipe pedagógica, a fim de tornar a escola em um espaço mais atrativo e dinâmico. Dessa forma, o aluno ficará mais motivado e permanecerá estudando, consequentemente terá melhores condições no futuro e contribuirá para o fim das desigualdades sociais, afinal, como disse Paulo Freire, a educação sozinha não transforma a sociedade, mas sem ela, nada muda.