Enviada em: 02/07/2017

Com o aumento dos programas assistencialistas pelo governo do presidente Lula, verifica-se um aumento de 14% de concluintes do ensino médio, de acordo com os dados do Unibanco. Contudo, as dificuldades enfrentadas por inúmeros cidadãos brasileiros ocasionam a permanência da existência da evasão escolar em nosso país. Esse processo é contribuído pelo distanciamento da participação da família no ensino.       Diversos pais e responsáveis ainda delegam à escola a totalidade da educação de seus tutelados. Além da ausência dos pais na vida acadêmica das crianças, alguns desses obrigam seus filhos a ajudarem na economia do lar. Tal atitude é impulsionada pelo desespero de uma parcela considerável da sociedade que é incapaz de garantir o mínimo existencial a seus descendentes e urgem a atenção do Estado para impedirem que seus filhos sejam cooptados ao crime, principalmente ao tráfico de drogas.       Nesse sentido, a escola e os professores devem insistir na participação da família no processo educacional. Para isso, o modelo bancário da educação, como se refere Paulo Freire ao retratar o sistema de ensino que apenas deposita conhecimento nos alunos, sem promover diálogo, deve ser modificado. Entretanto, a escola não pode apenas obrigar essa mudança aos professores. Estes devem ter o apoio da coordenação, da família e da comunidade. Além de terem incentivos, como o aumento do salário, para se especializarem e permanecerem lecionando.        O Ministério da Educação, portanto, deve contribuir para essa melhoria, promovendo a humanização do ensino e o relacionamento dos serviços sociais com a escola. Isso permitirá que detectem as urgências dos estudantes, diminuindo a evasão escolar. Deve-se ainda garantir a continuidade dos programas assistenciais do governo, como a Bolsa Família, de forma que a ajuda advenha do Estado e não do trabalho infantil. A sociedade civil pode também viabilizar essa mudança, atuando ativamente na escola e lutando por direitos melhores aos professores, que são os mais próximos dessa realidade.