Enviada em: 03/07/2017

Como dito pelo filosofo Immanuel Kant, o ser humano é aquilo que a educação faz dele. Logo, é preciso entender as necessidades dos brasileiros para criar uma base curricular realista e não engessada como a atual. Somente assim, encarando a realidade será possível diminuir a evasão escolar.    A saída dos jovens do colégio antes de terminarem os estudos apresentou queda com o passar dos anos, mas de acordo com os dados do IBGE cerca de 1,3 milhão de adolescentes entre 15 e 17 anos ainda se enquadram nessa situação. Entre as causas dos problemas estão, a condição financeira desfavorável, que leva a uma inserção no mercado de trabalho precária, por muitas vezes em situações irregulares. Também temos outra grave questão, a gravidez na adolescência que não só impede o andamento estudantil, bem como mostra a falta de estrutura da saúde pública.   Somado a esses fatores têm-se ainda a baixa qualidade de infraestrutura das instituições estudantis contribuindo para o desinteresse em aprender e ensinar. Além disso, algumas crianças principalmente em bairros periféricos entram para o mundo do crime como uma espécie de atalho para atingir o sucesso na vida, visto que, não o enxergam no educandário. Inegavelmente, esses alunos e professores sofrem com o descaso do poder público com a educação, dessa maneira sentem-se incapazes de almejar, por exemplo, vaga em concursos concorridos. Em resumo, com o assassinato de seus sonhos, os estudantes não veem mais a necessidade da sua permanência na escola.  Portanto, medidas são necessárias para combater a evasão escolar e a realidade brasileira. A introdução na Base Nacional Comum Curricular de aulas semipresenciais e a flexibilização dos horários, para facilitar o retorno dos indivíduos sem prejudicar seu emprego. A ação conjunta dos Ministérios do Transporte e do Desenvolvimento, com o objetivo de melhorar a acessibilidade às escolas já existentes e reformadas, bem como as novas construções. Os Ministérios da Saúde e Educação em parceria com universidades devem promover ações sociais nos colégios com o intuito de discutir sobre o universo da sexologia, e caso seja preciso encaminhar o aluno para acompanhamento médico.