A preocupação de um país com educação demonstra muito sobre a qualidade de vida de uma população. Pois, a educação está intrinsecamente ligada a segurança, qualidade de habitação, desigualdade social e mercado de trabalho. Entretanto, a evasão escolar ainda afeta o futuro do Brasil. O país ainda é muito desigual e a falta de atenção do poder público com educação aumenta ainda mais essa diferença social. É realidade para muitos jovens brasileiros a falta de transporte, escolas distantes, falta de interesse e o crime. Além disso, muitos adolescentes abandonam a escola porque precisam complementar a renda de casa e entram para o mercado de trabalho, na maioria das vezes, informal. Portanto, essas características da educação brasileira acabam com a chance de ascensão social. De acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente, a educação fundamental é obrigatória, mas como acontece com muitos setores no país, os parlamentares colocam no direito escrito e esquecem de tomar atitudes para torná-las realidade. Já que os professores estão desestimulados por conta desse descaso das autoridades, ganham pouco e precisam trabalhar em várias escolas para complementarem a renda e viram verdadeiros robôs, embora, as escolas precisem conhecer a realidade de cada aluno para que evite a sua saída. É função do educador perceber os comportamentos do seus estudantes, mas da forma como precisam trabalhar, é muito difícil saber até mesmo o nome de cada um deles. Porquanto, não basta colocar alunos indisciplinados de castigo sem conhecer o verdadeiro motivo de mudança de conduta, pois normalmente há vários outros sinais antes que um aluno aja de maneira rebelde. Aí está a importância dos professores estarem atentos à faltas e o rendimento do aluno. Logo, além do poder público precisar garantir a importância devida à educação, os educadores precisam estar mais presentes na vida dos seus alunos. Os educadores precisam questionar a falta de alguns alunos e irem atrás deles e de seus pais. Além disso, o poder Executivo e o Legislativo precisam flexibilizar a grade curricular brasileira para que assim possa tornar-se mais próxima da realidade de muitos brasileiros. Há muitos que trabalham e estudam, o que normalmente afeta os rendimentos, outros que moram na zona rural, por exemplo, e precisam ajudar os pais com o plantio e a colheita que nem sempre coincide com as férias escolares. Assim, há muitas realidades que precisam ser alcançadas pelo poder público, pois nem sempre é só o estudante que deve se adaptar.