Enviada em: 13/06/2018

Uma herança colonial       O homem contemporâneo se diz "evoluído", mas segundo a Comissão Econômica para América Latina e Caribe (Cepal) só no trecho Latino-Americano existem setenta e um milhões de pessoas em pobreza extrema ou indigência. Esse, infelizmente, é um cenário de permanências históricas que afeta, especialmente, os países que sofreram com a colonização, logo é necessário analisar a situação e encontrar a melhor forma de combatê-la.       Analisando o caso do Brasil, sabe-se que no início da colonização Portugal dividiu o imenso território, atualmente brasileiro, em poucas capitanias hereditárias, com o objetivo de facilitar o controle local, mas percebe-se que até hoje o território segue dividido de modo extremamente desigual, mantendo as maiores e melhores parcelas de terras nas mãos de poucos, que nem sempre os utiliza. Esse padrão de divisão era muito comum na Europa durante o período medieval e segue até hoje em muitos locais.       Da mesma forma que segundo a ONG Ação Agrária Alemã, em 2014 os países com maior índice de fome são justamente os que foram colonizados, com raras exceções, como é o caso de boa parte do Continente Africano, alguns países do oriente e da América, especialmente a central e o sul, mas cada região possui suas particularidades e as mesmas precisam ser levadas em conta em qualquer reflexão que tenha como objetivo chegar a uma solução.       Sendo assim, retornaremos ao caso do Brasil com o objetivo de frear essa cultura de desigualdade social e fome que segue desde a colonização do país. Portanto, o sistema Legislativo, em parceria com o Ministério da Agricultura, deve realizar uma reforma agrária e desenvolver um projeto que disponibilize recursos para as pessoas que desejam trabalhar com a terra, visando quebrar essa herança colonial, reduzindo, dessa forma, a desigualdade e a fome no país.