Enviada em: 17/06/2018

O suplício da fome assola a civilização desde os seus primórdios. Nas últimas décadas tem-se visto uma diminuição nos níveis de pobreza extrema, fator este associado diretamente à fome, sendo causa e consequência da mesma, através de políticas públicas que visam reduzir a desigualdade social, porém ainda existe muita desigualdade e consequente fome no século XXI.     É importante salientar que  pessoas ainda morrem em decorrência dela, mas é uma realidade que insistem em não falar sobre. Por diversas vezes, as políticas que têm sido tomadas no combate à fome são restritas e pontuais, não incorporam uma real redistribuição de renda e poder. O resultado é uma diminuição da fome, mas uma crescente desigualdade social.  Basta citar os países do continente africano que, ainda hoje, sofrem com a fome. Depois de séculos de exploração por nações imperialistas, foram deixados à míngua para lidar com graves problemas de escassez, seja de água ou de alimento para o seu povo.     O Brasil é visto como exceção em relação ao problema nas políticas supracitado, já que a redução da fome no início do século XXI ocorreu concomitante à redução na desigualdade social, ou seja, a renda da parcela mais pobre da população aumentou em proporção maior que a da parcela mais rica. Isso foi alcançado por meio de políticas como o programa Fome Zero e o Bolsa Família, que visavam além de reduzir a fome, criar oportunidades de inclusão social para a população que vivia abaixo da linha da pobreza, a fim de que esta pudesse se estruturar e manter-se fora da estatística da fome.        Por fim, é necessária uma mudança na ótica de como a fome é vista, para que passe a ser lida como um problema mundial de responsabilidade de todos. Que o Estado priorize  programas sociais de apoio as pessoas carentes, imprimindo projetos em escolas, mídia e Ministérios que tenham como objetivo erradicar a fome. Ademais, é preciso que a sociedade em geral , se conscientize deste problema, assim se terá menos desigualdade.